O setor de tecnologia da informação também quer ser incluído no pacote de "bondades" em elaboração pelo governo, o chamado PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Em seu discurso de posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a citar a disposição do governo de incentivar o setor.
A Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação) encaminhou documento aos Ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia com pedidos de redução de encargos fiscais para a produção de softwares e serviços voltados para exportação.
A proposta da Brasscom contempla, essencialmente, a desoneração sobre a folha de pagamento dos funcionários, principalmente da cobrança do INSS. Nesse setor, a mão de obra representa 60% a 80% do custo total das empresas.
O objetivo é fazer com que o Brasil atinja condições de igualdade para competir com seus principais concorrentes no mercado internacional. Segundo a Brasscom, um salário base de US$ 1.500 no setor gera custos finais 19% menores no México e 66% menores na Argentina em relação ao Brasil.
No mundo, hoje, é cada vez mais crescente a tendência de as grandes corporações terceirizarem o trabalho de TI. Há, em razão disso, uma grande oportunidade de países como o Brasil conseguirem obter divisas com exportação de softwares e serviços de TI.
Em 2006, o mercado global de exportação de software e serviços de TI movimentou US$ 36 bilhões, e a previsão é de US$ 110 bilhões para 2010. A Índia possui 70% do mercado, mas os países compradores querem alternativas, e o Brasil pode ser uma das opções.
As exportações de serviços em TI do Brasil neste ano totalizaram apenas US$ 250 milhões, mas o plano da Brasscom é de atingir US$ 5 bilhões em 2010, o que tornará o país um dos cinco maiores desse mercado. Para isso, a associação prevê a contratação de 100 mil novos empregados de alto nível, com fluência em inglês, nos próximos quatro anos.
O presidente da Brasscom, Antonio Carlos Rego Gil, que também preside uma das maiores empresas do setor de TI, a CPM, defende um programa com uma série de medidas para o Brasil competir de igual para igual com seus concorrentes internacionais. Além da desoneração fiscal, Gil propõe a criação de uma política industrial de incentivo ao fortalecimento das empresas nacionais para que elas possam atuar globalmente. A idéia é que o BNDES apóie a fusão entre as empresas do setor e até seja sócio das companhias.

ARTE VERMELHA
A expansão da economia chinesa acaba de ultrapassar uma nova fronteira, a da arte. Em 2006, as casas de leilão Sotheby's e Christie's venderam cerca de US$ 190 milhões em peças de arte contemporânea asiática, sendo a maioria da China. Em 2004, os valores chegavam a apenas US$ 22 milhões. Segundo o "New York Times", o clímax foi atingido em novembro, quando o pintor Liu Xiaodong, 43, vendeu, para um empresário chinês, uma obra por US$ 2,7 milhões. Este foi o maior preço já pago por um trabalho de um artista chinês que começou a criar depois de 1979 e incluiu Xiaodong na lista formada por nomes como o de Damiel Hirst e Jeff Koons.

ALÔ, CRESCIMENTO
O setor de call center cresceu 20% em 2006. A informação é parte de pesquisa realizada pela Abrarec (Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente) e pela E-consulting, que mostra que a movimentação do setor chega a cerca de R$ 5,8 bilhões, no último ano. O estudo mostra ainda que esse é também um dos mercados que mais emprega, com 1 milhão de pessoas trabalhando com atendimento ao cliente.

AVALANCHE
O recorde de investimento direto estrangeiro registrado em dezembro de 2006 foi influenciado por uma operação. Em apenas uma semana, ingressou no Brasil US$ 1,2 bilhão referente ao investimento da International Paper para a construção de duas fábricas de papel em Mato Grosso do Sul. Trata-se de um dos maiores investimentos no país. O Brasil será a plataforma de produção de papel da International Paper para a América Latina.

FAMILY WORKSHOP
João Doria Jr. promove, entre os dias 25 e 28 deste mês, o terceiro Family Workshop, em Mogi das Cruzes (SP). O evento reunirá 160 presidentes de grandes empresas e seus filhos. Já confirmaram presença, entre outros, Manoel Felix Cintra Neto (BM&F), Jorge Gonçalves (C&C), Roberto Lima (Vivo), Ivan Zurita (Nestlé), Francisco Cortez (Samsonite), Ernesto Silva (Femsa), Paulo Zottolo (Philips) e Carlos Monteiro (Dix).

PROTESTO DE BOLSO
O peso da carga tributária brasileira chegou até a moda. Será lançada uma coleção de carteiras em protesto contra os impostos, no próximo dia 15, na Couromoda 2007, pela Fasolo, fabricante de produtos de couro do Rio Grande do Sul.

SOCIAL
A Avon encerrou 2006 com mais de R$ 2 milhões aplicados em investimentos de incentivo à cultura.

DE BRINQUEDO
A rede de atacado Sam's Club teve aumento de 84% nas vendas de brinquedos no segundo semestre de 2006, em relação ao mesmo período do ano anterior. O mix de brinquedos cresceu cerca de 20%. A categoria de brinquedos se beneficiou também da estabilidade do câmbio, que garantiu a manutenção dos preços.

EXECUTIVO
A Barra da Tijuca, no Rio, é o novo celeiro dos prédios comerciais classe A. Há dois anos, muitos empreendimentos foram construídos na região, gerando oferta atualmente de cerca de 40%. Com o esgotamento dos espaços disponíveis no Centro e a necessidade de escritórios modernos, as empresas foram obrigadas a migrar para a Barra. Deve haver, este ano, uma nova onda de construções desse tipo na região. Os dados são de pesquisa da Cushman & Wakefield Semco.

LATINHA
A campanha ambiental da AmBev recolheu duas toneladas de lixo reciclado, durante sua primeira semana nas praias de Maresias (SP), Maracaípe (PE) e Ferrugem (SC), no Skol Spirit, evento que acontece até o dia 28. A companhia mobilizou associações de moradores e comerciantes para a coleta seletiva. O dinheiro arrecadado com a venda de latas e garrafas ficará para as próprias entidades.

ESTETOSCÓPIO
A Amil fechou 2006 com crescimento de 20%. Seu faturamento foi de R$ 1,9 bilhão. Em São Paulo, o crescimento ficou em torno de 25% e, no Rio, de 20%.

NO VAREJO
Um crescimento global de 9% nos negócios de tecnologia da informação para o varejo em 2007 é a estimativa do SAS, empresa que fornece soluções para gestão corporativa. A companhia estará presente na National Retail Federation, evento do setor varejista, de 14 a 17 de janeiro, em Nova York.

GUERRA DO IOGURTE
A Nestlé acaba de lançar produto funcional para concorrer com o Activia, da linha saudável da Danone, voltado para mulheres. Trata-se do Nesvita, que também auxilia o funcionamento do intestino e terá campanha nacional na TV. A campanha foi criada pela agência Giovanni+DRAFTFCB.


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