São Paulo, sábado, 06 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

DESTINO
A União Européia manteve o primeiro lugar entre os principais destinos das exportações brasileiras do agronegócio em 2006. Com participação de 31,4%, a região comprou US$ 15,5 bilhões do Brasil no ano passado, contra US$ 14,5 bilhões em 2005.

LÍDER
Individualmente, os EUA foram os principais compradores do agronegócio brasileiro. Em 2006, as exportações para o país somaram US$ 7 bilhões -aumento de US$ 1 bilhão na comparação com 2005. Em segundo lugar, ficou a Holanda, com US$ 4 bilhões, seguida pela China (US$ 3,8 bilhões).

MENOS ARROZ
O déficit hídrico nas regiões de Campanha e Fronteira Oeste e a descapitalização dos produtores foram decisivos para a redução de 10% da área plantada com arroz no Rio Grande do Sul. Segundo o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), o plantio foi finalizado com 921 mil hectares.

AJUSTE
Com a redução da área cultivada de arroz no RS, a tendência é a melhora no preço pago aos produtores devido ao ajuste no quadro de oferta e demanda, explica o presidente do Irga, Maurício Fischer. A previsão da Conab é um consumo de 13,1 milhões de toneladas do cereal e a produção não deve passar de 11,1 milhões.

FIM DA PROIBIÇÃO
A Índia, a segunda maior produtora mundial de açúcar, deverá abolir dentro de três semanas a proibição às exportações do produto, que já dura seis meses, devido à safra recorde colhida pelo país. A medida, tomada em julho de 2006, foi para conter o avanço dos preços internos do açúcar.

NOVA QUEDA
O preço do suíno voltou a cair nos frigoríficos do interior de São Paulo. Devido à diminuição nas vendas no início deste ano, a arroba chegou a ser negociada a R$ 37 em alguns estabelecimentos, com queda de 0,9% ontem. Em uma semana, a retração é de 2,2%.

SEMESTRE ATÍPICO
O mercado de leite enfrentou um segundo semestre atípico, com preços pagos aos produtores estáveis. O motivo, explicam os pesquisadores do Cepea, foi a combinação de três fatores: demanda interna estável, pequena elevação da produção e aumento das importações, favorecidas pelo câmbio.

PREÇO MELHOR
A Conexão Delta G, grupo formado por 14 projetos pecuários de SP, GO e MS, está conseguindo driblar os preços baixos do boi. Os animais para abate são negociados em conjunto com os frigoríficos. Resultado: em 2006, 83% dos mais de 35 mil bois vendidos para o abate tiveram preços acima do preço de referência da arroba.


Texto Anterior: Poupança tem captação positiva de R$ 6,5 bilhões
Próximo Texto: Agronegócio responde por 93% do saldo comercial
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.