|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Pacote de Lula foi um avanço, diz empresário
Ao contrário das fortes críticas feitas por líderes empresariais às medidas tomadas pelo
governo para compensar o fim
da CPMF, o presidente do Iedi
e da Coteminas e filho do vice-presidente José Alencar Josué
Gomes da Silva, considera que
o pacote foi um ganho grande
para a sociedade.
"O governo mostrou que está
privilegiando a responsabilidade fiscal", diz Josué.
O seu argumento é que o governo, ao elaborar um conjunto
de medidas em que R$ 10 bilhões serão arrecadados com
aumento de impostos, ainda
deixou R$ 30 bilhões em recursos para o setor privado. O
ideal, a seu ver, seria o governo
ter aberto mão dos R$ 40 bilhões da CPMF e ter compensado a perda com corte de despesas, mas isso não aconteceu.
O empresário também diz
achar um avanço o fato de o governo ter previsto, no conjunto
de medidas, um corte de R$ 20
bilhões nos gastos públicos e,
além disso, se comprometido a
não aumentar mais impostos,
caso a arrecadação não seja suficiente para tapar o buraco da
CPMF. Ele acha que a sociedade deve dar um crédito de confiança ao governo e acreditar na
execução dos cortes.
"Não tem por que duvidar da
palavra do governo. Ele se comprometeu com as metas fiscais
e até hoje, nos cinco anos de
mandato de Lula, não deixou de
cumpri-las. As metas foram até
superadas na maioria dos
anos", afirmou.
O empresário considerou
exageradas as críticas ao pacote
econômico do governo realizado neste início do ano, inclusive
feitas por seus colegas, mas ele
diz que são compreensíveis.
Afinal, ninguém gosta de pagar
mais imposto. "As críticas foram exageradas, mas fazem
parte do jogo", diz.
Josué afirma não concordar,
no entanto, quando se diz que o
aumento do imposto vem à vista, e o corte de gastos, a prazo
-pelo fato de o governo não ter
anunciado ainda onde as despesas serão reduzidas. Segundo
ele, os R$ 10 bilhões estimados
com o aumento do IOF e da
CSLL também não serão obtidos imediatamente.
"Tanto os aumentos de impostos como os cortes de despesas serão a prazo", diz Josué.
Sobre a ameaça de recessão
nos Estados Unidos, Josué afirma que o país irá passar por um
período de forte ajuste neste
ano, mas diz achar que a economia americana é dinâmica o suficiente para se recuperar desse
processo de desaceleração.
O empresário acha que o Brasil irá sofrer algum impacto,
mas ele espera que seja pequeno. Ele considera que a falta de
investimentos em infra-estrutura pode ter uma conseqüência maior sobre a economia do
país do que a crise nos EUA.
Para Fernando Henrique, aumentar IOF é natural
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso recebeu
com naturalidade o pacote
anunciado pelo governo Lula
na quarta-feira, dia 2.
De acordo com ele, aumentar
o IOF era a atitude natural a ser
tomada com o fim da CPMF.
"Fiz igual no meu governo,
quando não conseguimos aprovar a renovação da CPMF",
afirmou.
Só houve um erro, na sua avaliação, que foi o de o presidente
Lula ter insistido na votação da
CPMF no fim do ano.
FHC afirma que essa foi uma
decisão pessoal de Lula para
testar a sua base de apoio no Senado.
Para o ex-presidente, ao perceber que a derrota seria inevitável, o governo deveria ter aumentado provisoriamente o
IOF no início deste ano, como
acabou fazendo agora, e depois
voltado à tona para aprovar a
CPMF.
Foi , na verdade, o que o próprio Fernando Henrique fez no
início de 1999, quando o seu governo aumentou o IOF por um
breve período de três meses e
depois conseguiu aprovar a
CPMF.
Ao ser questionado se, de todo modo, era o pai da idéia (o
aumento do IOF), o ex-presidente respondeu que não tem
mais idade para ser pai de ninguém. "No máximo, avô", completou Fernando Henrique,
dando risada.
Incorporadora aposta em Ribeirão Preto
Seis meses após sua criação, a Bild Desenvolvimento
Imobiliário fechou o ano de
2007 com R$ 305 milhões
em negócios.
Um dos motivos para o resultado foi a aposta em Ribeirão Preto (SP).
"Ajudamos a colocar a cidade e a sua região na rota
dos investimentos do setor
imobiliário", explica Rodrigo Saccarelli, um dos sócios
da empresa.
Para este ano, as perspectivas apontam para a abertura de um escritório em São
Paulo.
A Bild Desenvolvimento
Imobiliário já tem recursos
para realizar empreendimentos que compreendem
1.300 imóveis e R$ 155 milhões em investimentos.
"Nós acreditamos na viabilização de novos negócios
dentro da classe econômica,
ou seja, vamos empreender
para disponibilizar imóveis
entre R$ 80 mil e R$ 150 mil
para as famílias com renda
de 5 a 15 salários mínimos",
afirma Rodrigo Villas-Boas,
também sócio da companhia.
AGULHA
Michel Bastos, estilista que faz camisaria e alfaiataria masculinas sob medida; neste ano, Bastos lança uma linha para amantes do golfe; em sua loja, na rua Oscar Freire (SP), há um minicampo de golfe; "Virou piada. Quem acertar o buraco de primeira ganha desconto"; a marca Michel Store chega neste ano a pontos-de-venda em Belo Horizonte, em Brasília e no Rio
OCUPADO
Em 2007, o Novotel Jaraguá teve receita de R$ 20 milhões, alta de 25% ante
2006. A diária média subiu
12%, atingindo R$ 155,89.
Desde que a Accor assumiu o
empreendimento, em outubro de 2005, a ocupação média teve alta de 55%.
ÀS COMPRAS
O Shopping Metrô Itaquera registrou alta média de
150% nas vendas de dezembro comparadas com as do
mês de inauguração, novembro. O tráfego de pessoas foi
superior a novembro, com
41% de crescimento entre 1º
e 24 de dezembro.
PARCERIA
A Fecomercio-SP oficializou convênio com o Ministério das Relações Exteriores estabelecendo que a entidade será mais um ponto
focal do Sipri (Sistema de
Promoção de Investimentos
e Transferência de Tecnologia para Empresas).
CARTÃO DE NATAL
A Vivo registrou, no dia 24
de dezembro, um tráfego de
mensagens de texto (SMS)
três vezes maior em relação
ao volume em dias normais.
O número é conseqüência
das ações de incentivo. Em
2008, a Vivo planeja massificar mais ainda o serviço.
Próximo Texto: Rubens Ricupero: Vaias e aplausos Índice
|