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Bolsa dribla pessimismo externo e tem alta de 0,28%
Mercado imobiliário tem dado ruim nos EUA; dólar vale R$ 1,73
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
No segundo pregão do ano, a
Bolsa brasileira teve dificuldade para manter o otimismo da
véspera e defender o patamar
de 70 mil pontos no Ibovespa, o
maior em 18 meses, atingido no
dia anterior. Se não fosse pelo
desempenho das ações da Vale,
que subiram 0,93% (ON) e 1,4%
(PNA) com a perspectiva de
reajuste acima de 20% no minério de ferro, a Bolsa teria sucumbido ao pessimismo internacional. As ações da Vale movimentaram ontem R$ 1,118 bilhão -15,7% do total de R$
7,115 bilhões girados na Bolsa.
Ontem, saíram novos indicadores econômicos nos Estados
Unidos. As vendas de imóveis
usados mostraram baixa liquidez e preços deprimidos no
mercado imobiliário dos EUA.
Para analistas, a Bolsa não recupera o patamar anterior à
crise enquanto o norte-americano médio não ficar confortável para vender sua residência
sem perder dinheiro. Isso porque os recursos ganhos com a
venda de imóveis costumam ir
para a Bolsa. "O norte-americano está mais preocupado em
sanear suas contas do que em
fazer novas dívidas", disse
Newton Rosa, economista da
Sul América Investimentos.
Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,11%, mas o Standard &
Poor's 500 teve alta de 0,31%.
Apesar da instabilidade externa, o mercado acionário brasileiro terminou o dia com alta
de 0,28% no Ibovespa, que
manteve-se, pelo segundo dia,
acima de 70 mil pontos -encerrou marcando 70.239.
Para Pedro Galdi, analista da
corretora SLW, o volume alto
de negócios na Bolsa mostra
que o investidor estrangeiro
iniciou o ano presente no mercado brasileiro. "As semanas de
início de ano são sempre muito
fracas. Mas continuou entrando investidor estrangeiro, dado
esse volume", disse Galdi.
Câmbio
No mercado de câmbio, o dólar comercial terminou o dia
em alta de 0,64%, cotado a R$
1,731, seguindo a apreciação internacional da moeda norte-americana, que chegou a subir
0,4% em relação ao euro.
Investidores seguem preocupados com o possível impacto
de o Tesouro Nacional entrar
no mercado de câmbio para
comprar dólares para abastecer
o Fundo Soberano.
"Com a possibilidade de o
Tesouro comprar dólares,
abre-se mais um "player". E você não sabe como esse "player"
vai atuar. Isso está deixando o
mercado nervoso e com um pé
atrás. Mas ainda não é algo que
cause tensão em particular",
disse Rosa.
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