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Isenção fiscal custa R$ 3 bi para a União
da Reportagem Local
Os cofres da União deixaram de arrecadar no ano
passado cerca de R$ 3 bilhões por conta de isenções
fiscais concedidas à Zona
Franca de Manaus, segundo
a Receita Federal.
Esse dinheiro refere-se ao
não recolhimento de pelo
menos dois impostos, o IPI
(Imposto Sobre Produtos
Industrializados) e o II (Imposto sobre Importação).
Em outras palavras isso
equivale a dizer que, para cada R$ 4 faturados pela Zona
Franca, o governo teve de
abrir mão de R$ 1.
No ano passado, o faturamento desse pólo industrial
foi de cerca de R$ 12 bilhões
(US$ 7,1 bilhões), número
que não parou de cair nos últimos quatro anos.
Ralo sem fundo
Apesar de ter isenções fiscais, a Suframa não concorda que depende delas para
sobreviver. Segundo Nilton
Sacenco Kornijezuk, superintendente-adjunto da Zona Franca, a região recebe
benefícios, mas tem potencial de arrecadação.
Essa opinião é endossada
pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
"Todo mundo diz que a
Zona Franca é um ralo sem
fundo, mas ela foi a que mais
arrecadou na região Norte",
diz Raimar da Silva Aguiar,
diretor de política econômica da entidade.
Segundo ele, o Estado do
Amazonas gerou R$ 1,6 bilhão de arrecadação no ano
passado, quase 60% a mais
do que em 98.
Os empresários afirmam
que só vale a pena instalar
um fábrica na região porque
existem os incentivos fiscais.
A Folha apurou que a Coca-Cola recolheu quase R$ 2
bilhões em impostos no ano
passado. Se os incentivos
não existissem, esse valor seria pelo menos 30% maior.
(FF e JW)
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