São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


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Isenção fiscal custa R$ 3 bi para a União

da Reportagem Local

Os cofres da União deixaram de arrecadar no ano passado cerca de R$ 3 bilhões por conta de isenções fiscais concedidas à Zona Franca de Manaus, segundo a Receita Federal.
Esse dinheiro refere-se ao não recolhimento de pelo menos dois impostos, o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) e o II (Imposto sobre Importação).
Em outras palavras isso equivale a dizer que, para cada R$ 4 faturados pela Zona Franca, o governo teve de abrir mão de R$ 1.
No ano passado, o faturamento desse pólo industrial foi de cerca de R$ 12 bilhões (US$ 7,1 bilhões), número que não parou de cair nos últimos quatro anos.

Ralo sem fundo
Apesar de ter isenções fiscais, a Suframa não concorda que depende delas para sobreviver. Segundo Nilton Sacenco Kornijezuk, superintendente-adjunto da Zona Franca, a região recebe benefícios, mas tem potencial de arrecadação.
Essa opinião é endossada pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).
"Todo mundo diz que a Zona Franca é um ralo sem fundo, mas ela foi a que mais arrecadou na região Norte", diz Raimar da Silva Aguiar, diretor de política econômica da entidade.
Segundo ele, o Estado do Amazonas gerou R$ 1,6 bilhão de arrecadação no ano passado, quase 60% a mais do que em 98.
Os empresários afirmam que só vale a pena instalar um fábrica na região porque existem os incentivos fiscais.
A Folha apurou que a Coca-Cola recolheu quase R$ 2 bilhões em impostos no ano passado. Se os incentivos não existissem, esse valor seria pelo menos 30% maior. (FF e JW)




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