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VÍTIMAS DOS JUROS ALTOS
Pizzaria quebra com taxas bancárias altas
DA REPORTAGEM LOCAL
Laercio Buoro, 62, é dono de
uma pizzaria em São Caetano do
Sul há nove anos. Segundo ele, sua
empresa, a Chopperia e Pizzaria
Gallo's, vinha tendo bons resultados até 1998.
A partir desse ano, o movimento caiu e ele entrou no cheque especial. Buoro chegou a abrir contas em 18 bancos diferentes para
poder sacar o dinheiro do cheque
especial, pagando juros que variavam de 8% a 11% ao mês.
De acordo com ele, a dívida foi
crescendo e não tinha mais como
ser quitada. "Paguei R$ 100 mil de
juros em 2000", afirma.
No ano seguinte, estava pagando aos bancos R$ 9.000 de juros
por mês. Conseguiu, então, fazer
um acordo com todos os bancos
para transformar as dívidas que
havia contraído em financiamento, ainda pagando juros mensais.
Pegou um empréstimo de R$ 22
mil com o banco Finasa, que deveria ser pago em 24 parcelas de
R$ 2.000. No total, a dívida mais
do que dobrou. Buoro afirma que
pagou 13 prestações, mas depois
não aguentou mais.
Hoje, está inadimplente com todos os bancos -para os quais deve cerca de R$ 220 mil- e não
consegue mais pagar o aluguel do
prédio onde fica a pizzaria. Buoro
teve um título protestado pela
Caixa Econômica Federal no valor de R$ 39 mil. Por causa disso,
seu nome foi parar na lista "negra" dos serviços de proteção ao
crédito e Buoro não pode mais tomar empréstimos. "Eu "empipinei" o nome da minha empresa, o meu nome e o nome do meu irmão [que é sócio na pizzaria]."
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