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INTEGRAÇÃO
Bloco ratifica a posição de Brasil e Argentina
Mercosul fecha acordo para levar proposta conjunta à mesa da Alca
MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES
Os países do Mercosul chegaram ontem a um acordo para tentar negociar juntos a formação da
Alca (Área de Livre Comércio das
Américas). Os quatro países apresentarão uma proposta conjunta
nas áreas de bens e serviços e
adiarão para março ou abril a decisão sobre outros setores.
Os chanceleres dos quatro países do bloco se reuniram ontem
em Montevidéu, no Uruguai. Os
representantes do Uruguai e do
Paraguai aderiram à posição de
Brasil e Argentina, que, na terça-feira, haviam decido que apresentariam uma proposta comum nas
negociações da Alca.
No próximo dia 15, quando termina o prazo para que os países
apresentem suas propostas para a
Alca, os quatro integrantes do
bloco apresentarão apenas uma
lista com ofertas de liberalização
dos setores de bens industriais e
de bens agrícolas da região. Os
técnicos agora trabalham para
chegar a um consenso para o setor de serviços de apresentar, no
prazo, uma proposta única.
O Brasil conseguiu convencer
os demais países a adiar a entrega
das propostas das áreas de investimento e compras governamentais. Ontem, ficou decidido que o
Mercosul não apresentará essas
propostas no dia 15.
Reunião com os representantes
dos quatro países do bloco será
realizada até o início de abril para
tentar obter também consenso
nas duas áreas.
A posição anterior era que cada
país entregaria uma proposta diferente nas áreas de compras governamentais e investimentos, o
que, na avaliação brasileira, acabaria enfraquecendo o poder de
negociação do bloco.
Vitória
A decisão de adiar a entrega das
propostas foi encarada como
uma vitória brasileira e, ao mesmo tempo, como um sinal de que
existe disposição dos quatro países de fortalecer o bloco.
A reaproximação dos quatro
países e o consenso atingido ontem são os primeiros frutos da estratégia do governo brasileiro,
que tenta fortalecer o bloco. A tese
da diplomacia brasileira é que,
negociando em conjunto, os países da região terão mais força na
mesa de negociações.
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