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São Paulo, quinta-feira, 06 de fevereiro de 2003

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INTEGRAÇÃO

Bloco ratifica a posição de Brasil e Argentina

Mercosul fecha acordo para levar proposta conjunta à mesa da Alca

MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES

Os países do Mercosul chegaram ontem a um acordo para tentar negociar juntos a formação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Os quatro países apresentarão uma proposta conjunta nas áreas de bens e serviços e adiarão para março ou abril a decisão sobre outros setores.
Os chanceleres dos quatro países do bloco se reuniram ontem em Montevidéu, no Uruguai. Os representantes do Uruguai e do Paraguai aderiram à posição de Brasil e Argentina, que, na terça-feira, haviam decido que apresentariam uma proposta comum nas negociações da Alca.
No próximo dia 15, quando termina o prazo para que os países apresentem suas propostas para a Alca, os quatro integrantes do bloco apresentarão apenas uma lista com ofertas de liberalização dos setores de bens industriais e de bens agrícolas da região. Os técnicos agora trabalham para chegar a um consenso para o setor de serviços de apresentar, no prazo, uma proposta única.
O Brasil conseguiu convencer os demais países a adiar a entrega das propostas das áreas de investimento e compras governamentais. Ontem, ficou decidido que o Mercosul não apresentará essas propostas no dia 15.
Reunião com os representantes dos quatro países do bloco será realizada até o início de abril para tentar obter também consenso nas duas áreas.
A posição anterior era que cada país entregaria uma proposta diferente nas áreas de compras governamentais e investimentos, o que, na avaliação brasileira, acabaria enfraquecendo o poder de negociação do bloco.

Vitória
A decisão de adiar a entrega das propostas foi encarada como uma vitória brasileira e, ao mesmo tempo, como um sinal de que existe disposição dos quatro países de fortalecer o bloco.
A reaproximação dos quatro países e o consenso atingido ontem são os primeiros frutos da estratégia do governo brasileiro, que tenta fortalecer o bloco. A tese da diplomacia brasileira é que, negociando em conjunto, os países da região terão mais força na mesa de negociações.


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