Greg Baker/Associated Press

Milhares de desempregados disputam espaço numa feira de trabalho em Pequim; 20 milhões estão sem trabalho na China

DA REDAÇÃO

Milhares de desempregados se acotovelaram ontem em diversas feiras de trabalho na China. Os eventos, que geralmente começam na primeira quinzena do ano lunar (na segunda semana de fevereiro), foram antecipados para atender os milhões de chineses que perderam seus empregos em função da crise.
A maior parte dos desempregados é formada por migrantes, que deixaram o interior rural para trabalhar nas pujantes cidades chinesas. O governo estima que 20 milhões deles (do total de 130 milhões) já perderam o trabalho, mas os números podem ser maiores. Para muitos, as feiras de trabalho são a garantia para não tomar o caminho de volta, embora o governo estime que seis milhões retornem aos seus vilarejos.
Na feira de Ganzhou, na província de Jiangxi, são 30 mil as vagas oferecidas. Parece impressionante, mas é pouco para os 400 mil desempregados na cidade. Situação parecida em Shenzhen, Xangai e Pequim. Na China, é preciso autorização para migrar entre uma província e outra.
Grande parte dos desempregados trabalhava no setor exportador, atingido em cheio pela queda no consumo mundial. A China não deve crescer mais que 6,5% este ano, diz o FMI, metade do desempenho em anos anteriores.

Com agências internacionais


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