|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bolsa sobe 1,53% e volta a acumular ganhos no ano
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar do sobe-e-desce das
Bolsas americanas durante o
dia, o clima no mercado financeiro brasileiro ontem foi de
tranqüilidade, inspirado principalmente pelas expectativas
de manutenção da taxa Selic e
de mais cortes de juros nos
EUA. A Bolsa de Valores de São
Paulo fechou em alta de 1,53%.
Dessa forma, voltou a apresentar elevação acumulada no ano,
de 1,16%. O dólar comercial recuou 0,88%, vendido a R$ 1,671.
O forte crescimento de 1,8%
da produção industrial brasileira, divulgado pelo IBGE de manhã, também animou os investidores. Menos dependente das
vendas para os norte-americanos e mais voltados aos consumidores locais, o desempenho
do setor alimenta previsões otimistas sobre a economia do
país em 2008.
Continuando os juros no
Brasil no nível atual e o Fed
(Federal Reserve, banco central americano) voltando a baixar a sua taxa básica diante das
possibilidades de recessão, os
ativos financeiros locais parecem cada vez mais, aos olhos
dos grandes investidores internacionais, uma opção atraente.
A entrada desses recursos no
mercado é que explica a trajetória de baixa do dólar ante o
real e contribui para o bom desempenho da Bolsa. Em fevereiro, o saldo de investimento
estrangeiro na Bovespa ficou
positivo em R$ 865,398 milhões, resultado de compras de
ações de R$ 40,696 bilhões e
vendas de R$ 39,831 bilhões.
Do volume total negociado no
mês passado, a fatia dos estrangeiros ficou em 34,66%; os investidores institucionais tiveram 28,95%; as pessoas físicas,
25,48%.
Petróleo
Com a decisão da Opep de
não aumentar a produção de
petróleo e a disparada do preço
do barril, que atingiu o recorde
histórico de US$ 104, as ações
da Petrobras exibiram forte valorização e ajudaram a Bovespa
a avançar na quarta-feira. Os
papéis PN (preferenciais), que
apresentam maior liquidez, tiveram ganhos de 2,47%.
As ações da Cesp (Companhia Energética de São Paulo),
cujo leilão pelo governo paulista está marcado para o próximo
dia 26, subiram 0,41%. A empresa informou anteontem ter
revertido o prejuízo de R$
118,37 milhões em 2006 em um
lucro líquido de R$ 178,59 milhões no ano passado.
Dessa forma, o mau humor
em Wall Street não afetou os
negócios no mercado brasileiro. Logo cedo saíram os números a respeito do setor de serviços nos Estados Unidos, que
apontaram uma desaceleração,
mas não tão grave como a esperada. À tarde, o Fed divulgou o
seu livro bege, manifestando
preocupação com a inflação e
apontando desaceleração da
atividade. A Bolsa de Valores de
Nova York e a Nasdaq (de empresas de tecnologia) hesitaram com esses dados, chegaram a recuar, mas terminaram
o expediente em alta de 0,34%
e 0,55%, respectivamente.
Texto Anterior: Fluxo de dólares volta a ficar positivo Próximo Texto: Documento do BC dos EUA vê desaceleração Índice
|