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Documento do BC dos EUA vê desaceleração
DA REDAÇÃO
A economia americana se desacelerou neste começo de ano
e aumentaram as pressões inflacionárias, especialmente nos
preços das matérias-primas e
de energia, segundo o livro bege
-a compilação de dados econômicos feita pelo Fed (Federal
Reserve, o banco central dos
Estados Unidos).
De acordo com o relatório,
que leva em conta dados até 25
de fevereiro, os consumidores
estão mais cautelosos devido
aos problemas no mercado
imobiliário e ao aperto no crédito. Os gastos do consumidor
respondem por cerca de 70%
do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano, que cresceu apenas 0,6% no quarto trimestre de 2007.
Um dos setores que está sentindo os efeitos é o varejista.
"Os relatos sobre gastos no varejo estão em grande parte pessimistas", afirma o documento
que será usado pelo comitê de
política monetária do Fed na
reunião do dia 18. A expectativa
é a de que, no encontro, o BC
americano aprove uma nova
redução na taxa de juros.
O problema, porém, não ficou restrito ao varejo. A maior
parte dos setores analisados
pelas 12 divisões regionais BC
americano apresentou resultados ruins: os mercados imobiliários residencial e comercial
permanecem fracos, aumento
no aperto do crédito, demanda
fraca por empréstimos, diminuição no ritmo de contratação
de trabalhadores.
"Dois terços das divisões informaram abrandamento ou
enfraquecimento no ritmo da
atividade dos negócios, enquanto os demais falaram em
crescimento baixo, lento ou
modesto", diz o documento do
banco central americano.
Os dados divulgados ontem
sobre a economia dos EUA voltaram a preocupar. As encomendas à indústria, por exemplo, retrocederam 2,5% em janeiro, a primeira queda no índice em cinco meses -em dezembro, ele registrou avanço de
2%. A queda é um sinal de que
as empresas estão reduzindo os
seus investimentos, refletindo
a queda nos gastos pelos consumidores americanos.
O índice de produtividade do
trabalhador cresceu 1,9% nos
três últimos meses do ano passado, com as empresas reduzindo o número de horas trabalhadas pelos funcionários para
diminuir os gastos. No terceiro
trimestre de 2007, a produtividade havia aumentado 6,3%.
O índice do setor de serviços
nos EUA aumentou no mês
passado em relação a janeiro e,
apesar de ainda apontar contração, foi considerado um dos
dados positivos do dia. De acordo com o instituto privado
ISM, em fevereiro, o índice ficou em 49,3 pontos, ante 44,6
pontos no mês anterior. Ele varia de 0 a 100 pontos, e resultados abaixo de 50 pontos apontam retração no setor.
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