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Petróleo tem novo recorde com queda nos estoques
Produto supera o patamar de 28 anos de fechamento
DA REDAÇÃO
A queda nos estoques americanos e a decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de não aumentar a produção levaram o
petróleo a bater novo recorde
ontem. O produto fechou com
um preço superior ao de abril
de 1980, que era considerada,
por alguns analistas, a maior
cotação da commodity.
Os dados semanais do Departamento de Energia dos Estados Unidos mostraram queda
de 3,1 milhões de barris nos estoques do país. E a Opep, como
já era esperado, decidiu, após
reunião em Viena (Áustria),
manter a sua produção. Nos últimos dias, vários representantes do cartel responsável por
cerca de 40% da produção
mundial disseram que não pretendiam elevá-la -e alguns falaram em novo corte.
O governo dos EUA estava
pressionando a entidade para
que aumentasse a sua produção, em um momento em que a
economia americana enfrenta
forte pressão inflacionária, puxada pelos preços de energia.
Ontem, o barril terminou o
pregão em Nova York cotado a
US$ 104,52, aumento de 5,02%
em relação ao dia anterior,
quando estava abaixo dos US$
100. Em Londres, ele se valorizou em 4,22% e finalizou o dia
valendo US$ 101,64.
Com o novo aumento, a cotação do barril ultrapassou os
US$ 103,76 de abril de 1980 em
termos atualizados, que, segundo alguns analistas, era seu
maior valor até então. Na segunda, o produto ultrapassou
esse valor, mas recuou durante
o pregão e terminou a sessão
cotado a US$ US$ 102,45.
A comparação, no entanto, é
complicada. A Nymex (Bolsa
Mercantil de Nova York) só começou a negociar os contratos
futuros de petróleo em 1983. O
cálculo hoje é feito com a média
dos preços mensais segundo as
companhias petrolíferas da
época. Dependendo do índice
de inflação usado, o recorde fica entre US$ 94 e US$ 104.
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse que os americanos precisam "se livrar do petróleo" e voltou a apoiar o álcool. "Deveria ser óbvio para
todos nós, a demanda [por petróleo] ultrapassou a oferta, o
que faz os preços subirem."
A produção de álcool americana chegou a 6,4 bilhões de galões em 2007, segundo Bush.
"Isso é bom se você é produtor
de milho [base do álcool dos
EUA] e se você está preocupado
com a segurança do milho."
Ele elogiou o uso de combustível à base de óleo de coco e babaçu em um avião da Virgin.
"Eu nunca vi um babaçu, mas é
espantoso que ele ajudou a prover energia a um avião do tamanho de um [Boeing] 747."
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