|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VEÍCULOS
IPI menor poderá incluir cláusula social, diz ministro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse
ontem que, se a redução do
IPI for prorrogada por mais
três meses, o governo deverá
negociar que o benefício da
redução do imposto seja
acompanhado da garantia de
manutenção de empregos
nas montadoras.
Miguel Jorge foi categórico ao negar anteontem, em
nota à imprensa, que o governo "não prorrogará" o IPI
após o dia 31 deste mês. Mas
ontem ele mudou o discurso
e admitiu que as chances de
isso acontecer são de 50%.
"Vamos avaliar qual foi o
resultado [da redução do
IPI]. Temos de fazer um balanço de empregos e de vendas para ver se realmente é
importante que a desoneração continue."
Jorge acrescentou que, ao
tomar a decisão de manter a
desoneração, o governo deve
negociar com as montadoras
a manutenção da mão-de-obra. "Seria absolutamente
natural se o governo colocasse isso [garantia de empregos] na mesa", disse.
O presidente da Anfavea
(Associação dos Fabricantes
de Veículos Automotores),
Jackson Schneider, disse que
nem a manutenção de empregos nem a prorrogação do
IPI foram discutidas com a
associação que representa as
montadoras. Mas afirmou
que, se o imposto voltar a subir em 1º de abril, haverá
queda nas vendas de carros.
A Folha antecipou, na edição de anteontem, que o governo vai prorrogar a redução do IPI por mais três meses. O governo evitou confirmar a decisão com o temor
de que os consumidores possam adiar a decisão de comprar carros novos. Pelas regras atualmente em vigor, a
redução vale somente até o
final deste mês.
Texto Anterior: Mantega diz a empresários que meta de superávit será mantida Próximo Texto: Vinicius Torres Freire: "Pot-pourri": é uma piada Índice
|