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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Shoppings esperam alta de 7% nas vendas no 1º trimestre
Com os bons resultados da liquidação de verão, que termina
na primeira quinzena de março, a Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping)
prevê que as vendas desse segmento do varejo apresentem
crescimento de aproximadamente 7% no primeiro trimestre deste ano -período que é
normalmente desfavorável-
em relação a 2009.
"No ano passado, o país estava em plena crise nesta época, o
que deixa a base de comparação
fraca; mesmo assim, o atual desempenho é bastante positivo",
comemora Nabil Sahyoun, presidente da entidade.
É principalmente à melhora
das condições da economia
brasileira, com aumento do
emprego e da renda, que os lojistas creditam a alta no faturamento nos três primeiros meses do ano.
Para 2010 todo, a projeção da
Alshop é de expansão de cerca
de 15% nas vendas. A abertura
de novos empreendimentos
deve ajudar o segmento a atingir tal objetivo: enquanto em
2009 foram inaugurados 22
shopping centers no país, neste
ano devem ser 44.
A região Sudeste continuará
concentrando os lançamentos,
porém com mais destaque para
as cidades do interior dos Estados com mais de 150 mil habitantes, já que as capitais se encontram saturadas.
Brasil lidera otimismo em setor imobiliário
Os brasileiros são os mais
otimistas com o mercado
imobiliário neste trimestre,
segundo levantamento do
órgão britânico Royal Institution of Chartered Surveyors, realizado com profissionais do setor em 25 países.
A pesquisa mostra que os
brasileiros são os que esperam a maior queda no número de arresto de residências
ou de propriedades que são
colocadas à venda pelo credor -ou seja, casos em que o
proprietário não consegue
manter o pagamento em dia.
Em somente outros cinco
países, existe expectativa otimista para o setor, que continua a sofrer os efeitos da crise econômica global.
Na outra ponta do levantamento, os profissionais de
Estados Unidos e Japão são
os que esperam a maior alta
na venda de imóveis por dificuldades financeiras.
O ritmo de avanço de entrada no mercado desse tipo
de imóvel está se desacelerando no mundo, mas pode
voltar a subir quando os países elevarem os juros, o que
vai tornar o crédito mais caro, aponta a pesquisa.
OVO À BRASILEIRA
A Lindt no Brasil não quer ser só o "chocolate de
quem volta de viagens internacionais". Para atingir a
meta de crescimento de 30% com a Páscoa, a empresa
abandonou o estilo europeu de outros anos -era uma
metade de ovo que vinha deitado em uma cestinha coberto de bombons- para trazer um ovo à brasileira. A
marca cresceu 10% em 2009. Neste ano, a empresa vai
investir em distribuição e novos produtos, como a linha "Petits Desserts" (Pequenas Sobremesas), de
mousse de chocolate. "O Brasil é o principal país para
a empresa na América Latina, excetuando o México, e
é um dos mais importantes no ranking, sem contar
Europa e EUA. Sobe a cada ano", diz Camila Corsini,
que está à frente da marca no Brasil.
NOS TRILHOS
A Vale está colocando em teste um novo simulador de
trens que reproduzirá, em imagens tridimensionais, as
quatro ferrovias da empresa no país. O software, desenvolvido em parceria com a USP, será usado para o treinamento de maquinistas. Na avaliação da empresa, ele aumenta a
segurança da operação e diminui o desgaste dos trens, pois
permite que os funcionários tenham compreensão mais
ampla do funcionamento. Ademais, o sistema oferece a
possibilidade de treinamento, sem riscos, da condução em
situações adversas. "É possível fazer o maquinista passar
por dificuldades que, na prática, levaria anos para enfrentar", afirma Gustavo Mucci, gerente-geral de inovação e desenvolvimento ferroviário da Vale. Em cada simulação, são
reproduzidas características como a aderência da roda aos
trilhos e a eficiência de frenagem do veículo. Além dos
R$ 2,5 milhões já investidos no projeto, a empresa prevê
aporte de mais R$ 1 milhão para o desenvolvimento de módulos com grau de dificuldade maior.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, DENYSE GODOY, ÁLVARO FAGUNDES e DENISE MENCHEN
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