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País corta 36 mil postos de trabalho em fevereiro
DA REDAÇÃO
O mercado de trabalho norte-americano eliminou mais 36
mil vagas no mês passado, mas
a taxa de desemprego ficou estável e alguns setores começam
a mostrar sinais de recuperação, dando esperanças de uma
retomada, ainda que tímida, da
maior economia do planeta.
A taxa de desemprego nos
EUA em fevereiro permaneceu
em 9,7%, uma das mais altas
dos últimos 30 anos, mas menor que a prevista por analistas.
"Nós temos uma recuperação
econômica. Ela é certamente
desigual, mas está aí", disse
John Silvia, economista-chefe
do Wells Fargo Securities.
Além disso, alguns setores da
economia começam a contratar com mais regularidade. A
indústria, por exemplo, acrescentou mil trabalhadores à sua
folha de pagamento, depois de
contratar 19 mil em janeiro -a
primeira vez desde 2006 em
que o setor adiciona mão de
obra em meses consecutivos.
A indústria de serviços (que
envolve profissionais como
contadores, arquitetos e técnicos em informática) criou 51
mil vagas no mês passado. A
maior parte dessas vagas (quase 48 mil) foi temporária, porque as empresas preferem esse
tipo de contratação até terem
certeza de que o aumento na
demanda está consolidado.
E alguns economistas dizem
que os dados poderiam ser melhores não fossem as tempestades de neve recordes em cidades como Baltimore e Filadélfia, que fizeram empresas fecharem suas portas temporariamente e deixarem trabalhadores em casa sem pagamento.
Segmentos como o varejo e a
construção, que são diretamente afetados pelo mau tempo,
cortaram vagas no mês passado. Na construção, onde a crise
teve início, foram 64 mil postos
eliminados em fevereiro, e o setor tem a maior taxa de desemprego no país: 27,1%.
Os dados de desemprego,
ainda que tenham alguns sinais
para otimismo, não devem mudar a política do BC dos EUA,
que deve continuar com os juros baixos por muitos meses.
Com o "New York Times" e agências internacionais
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