São Paulo, Sábado, 06 de Março de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa de São Paulo sobe 4,31% em dólar

da Reportagem Local

O otimismo com Armínio Fraga na presidência do Banco Central e com as expectativas de fechamento de acordo com o Fundo Monetário Internacional continuou a dominar ontem o mercado financeiro.
Os títulos da dívida externa tiveram alta forte. Os C-bonds, os mais negociados, tiveram alta em suas cotações, que passaram de 56,3750% do valor de face anteontem para 58,125% do valor de face no fechamento de ontem.
No seu momento de pico, o C-bond chegou à cotação de 58,875% do valor de face ontem.
O mercado de títulos da dívida externa brasileira tem mais força em Nova York e Londres e por isso é fortemente influenciado pelos humores norte-americanos e europeus.
Nos Estados Unidos, a Bolsa de Nova York subiu 2,84%, atingindo seu recorde histórico e as taxas de juros dos títulos do Tesouro de 30 anos de vencimento despencaram, de 5,698% ao ano anteontem para 5,596% ao ano ontem.
Os investidores passaram a apostar que o Fed, banco central norte-americano, não vai precisar subir as taxas de juros para conter a demanda e segurar a inflação no país pois a taxa de desemprego, divulgada ontem, está acima do esperado.
A Bolsa de Valores de São Paulo caiu 0,45% em reais, ontem, mas continuou sua trajetória de alta em dólar. Subiu 4,3%, se forem consideradas as cotações do dólar no fechamento do mercado fornecidas pela NGO Corretora de Câmbio.
"Acredito que a Bolsa pode ganhar ainda mais força na semana que vem", disse Marcelo Guterman, do Lloyds Asset Management.
A calmaria também tomou conta da Bolsa de Mercadorias & Futuros. Os contratos passaram a projetar taxas de juros menores, apesar de o Banco Central ter subido as taxas do over, o mercado por um dia, de 39% ao ano para 45% ao ano.
Os contratos para vencimento em abril, que indicam os juros para março, passaram a 43,71% ao ano ontem, contra 44,11% anteontem.
Os contratos com vencimento em maio (juros para abril) passaram a projetar taxas de 46,63% ao ano, contra 49,46% ao ano anteontem.
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)



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