DA REPORTAGEM LOCAL

Os últimos dados divulgados sobre a inflação corroboraram a expectativa, tanto do setor produtivo como do financeiro, de que haverá nova redução na taxa básica de juros na reunião do Copom da próxima semana.
O que se discute agora é a magnitude desse corte esperado. A maioria do mercado financeiro espera nova redução de 0,25 ponto percentual na Selic (taxa básica, hoje em 16,25% anuais) na semana que vem. Uma parcela menor espera que a taxa básica seja cortada em 0,50 ponto percentual.
"Os juros poderiam estar muito mais baixos. Estava na hora de o Copom fazer uma redução forte, de uns dois pontos percentuais. O nível de atividade está muito fraco", afirma Julio Gomes de Almeida, diretor-executivo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).
O Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia como ficarão os juros básicos no próximo dia 14.
Na opinião de Guilherme da Nóbrega, economista-chefe do banco Fibra, "o resultado da Fipe foi importante para reforçar a expectativa de que virá uma nova redução dos juros. Mas o mais relevante será a divulgação dos números do IPCA nesta semana". Nóbrega aposta em queda de 0,5 ponto percentual na Selic.
A pesquisa semanal feita pelo BC, divulgada ontem, mostra que a média das previsões para a Selic no fim deste mês é de 16%.
O economista Roberto Padovani, da consultoria Tendências, afirma que, além dos números de inflação, outro dado fundamental neste momento é a relativa calmaria do mercado de câmbio. "O real se apreciou nos últimos dias, o que é importante para diminuir a pressão das altas de preços das commodities internacionais", diz Padovani.
(FABRICIO VIEIRA)


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