São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2004
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Preços em queda Os preços agrícolas recebidos pelos produtores paulistas voltaram a cair. Segundo dados do IEA (Instituto de Economia Agrícola), a queda foi de 0,43% no mês passado, próxima do 0,46% de fevereiro. De janeiro a março, a queda acumulada nos preços é de 2,9%. Nos últimos 12 meses, atinge 5,8%. As altas Nelson Martin, coordenador da pesquisa do IEA, mostra que a liderança de alta nos últimos 12 meses ficou com a soja, que subiu 59%. Martin destaca, ainda, o comportamento dos preços do arroz, que teve valorização de 35%, e do café (23%). Entre as carnes, o boi gordo subiu 4,3%, e os suínos, 28%. As quedas Entre as quedas, o destaque fica para os 53% do tomate, produto que foi o vilão da inflação no ano passado. Martin mostra, ainda, a desaceleração dos preços do feijão (36%), laranja (25%), trigo (19%) e frango (14%). Mercado futuro Os contratos agrícolas negociados no mercado futuro aumentaram 56% nos três primeiros meses deste ano em relação a igual período de 2003, conforme dados divulgados pela (BM&F) Bolsa de Mercadorias & Futuros. Ao todo, foram negociados 237 mil contratos neste ano. Destaque para o café Os dados mostram que o mercado de café se consolida cada vez mais. De janeiro a março foram negociados 162 mil contratos, 34% do total dos negócios realizados de janeiro a dezembro de 2003. Importância do agronegócio O Brasil passou a ocupar a 25ª posição no ranking dos maiores exportadores, com 1% do comércio mundial, diz a OMC. Para o Ministério da Agricultura, o agronegócio é o grande responsável por essa nova posição brasileira. Acelerando Com o avanço da safra, as receitas com as exportações de soja sobem a cada semana. Os dados divulgados ontem pela Secex mostram que o país recebeu, em média, US$ 50,8 milhões com as exportações na primeira semana deste mês, 43,3% a mais do que em março. Em relação a abril do ano passado, a alta é de 27%. Desacelerando Já as receitas com carne perderam ritmo na primeira semana deste mês, conforme os dados da Secex. As receitas médias diárias somaram US$ 14,5 milhões, 32% menos do que em março, mas ainda 2% acima das de abril de 2003. Quebra no milho O mais recente levantamento de safra da Céleres, de Uberlândia (MG), indica quebra de 7,3% na área da segunda safra de milho em relação à do ano passado. A produção recua para 9,1 milhões de toneladas. Com isso, a safra total de milho deste ano deverá ficar em 42,9 milhões de toneladas, avalia a Consultoria. Novo recorde As exportações de soja e de açúcar ajudaram o porto de Santos a registrar novo recorde mensal de movimento. As exportações do primeiro bimestre superaram em 41% as de igual período de 2003. E-mail: mzafalon@ folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Dólar e juros iniciam a semana em baixa Próximo Texto: Energia: Conta de luz vai subir mais que a inflação Índice |
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