DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy afirmou ontem que, a despeito da sua saída do cargo e da troca de comando na Fazenda, não tem "dúvidas" de que a meta fiscal será cumprida neste ano.
"O esforço fiscal continuará e vamos cumprir a meta. Tenho bastante tranqüilidade [em relação a isso]." Levy participou de uma mesa-redonda, sobre os desafios do mercado de capitais dos países emergentes, na versão latino-americana do Fórum Econômico Mundial, em São Paulo.
Sobre a economia brasileira, Levy declarou ainda: "A política econômica deve continuar no rumo em que vinha. Acho que isso se refere também ao Tesouro". A respeito do seu substituto no Tesouro, Carlos Kawall, Levy não poupou elogios. "O colega Carlos tem bastante experiência e certamente terá um pulso forte [na questão da manutenção das metas de superávit primário e austeridade fiscal."
Ao fazer um balanço da sua própria atuação no Tesouro, Levy destacou a continuidade do PAF (Plano Anual de Financiamento), no qual são divulgadas as metas e prioridades da instituição. Essa ferramenta, avaliou, foi bem recebida pelos mercados, e a sua manutenção pela nova gestão do Tesouro vai transmitir transparência. Disse ainda que o governo Lula tem atuado bem na condução das reformas microeconômicas e que elas deveriam continuar.
No evento de ontem, Levy foi apresentado como economista. Sobre a data em que vai assumir um posto no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) nos EUA, ele disse que a sua posse deve ocorrer após a Páscoa.


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