Maior banco da Suíça é suspeito de fraude fiscal

DA REDAÇÃO

Investigado por autoridades dos Estados Unidos por suposta fraude fiscal, o UBS, o maior banco da Suíça, afirmou ontem que proibiu alguns gerentes de viajar a outros países.
Profissionais que tenham clientes fora da Suíça não podem mais visitá-los pessoalmente, disse a porta-voz da instituição, Eveline Mueller, que se recusou a relacionar a restrição a uma tentativa de proteger os gerentes do UBS que estariam sendo investigados por autoridades americanas. Segundo ela, o veto afetou os negócios internacionais do banco com todos os países.
O UBS está no centro da disputa com os EUA a respeito de contas de norte-americanos na instituição financeira suíça. O banco forneceu a autoridades detalhes de 255 clientes suspeitos de fraude fiscal, mas se recusa a identificar outros 50 mil. O sigilo bancário suíço é motivo de discussão em diversos fóruns internacionais. Na semana passada, o G20 (grupo das maiores economias do mundo) prometeu adotar ações contra o que chamou de "jurisdições não cooperativas, inclusive paraísos fiscais". A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) soltou lista de países que evitam trocar informações fiscais.