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MERCADO ABERTO
Preço do gás não sobe até a eleição
O deputado federal Delfim
Netto (PMDB-SP) afirma
que só depois das eleições a
Petrobras deverá reajustar o
preço do gás, mesmo que a Bolívia aumente os valores para o
fornecimento do produto ao
Brasil. "A Petrobras vai engolir o
prejuízo até a eleição, quando o
preço será acertado", diz.
Para Delfim, trata-se de um
problema grave, já que a Petrobras é uma empresa internacional e deve prestar conta aos seus
acionistas, tanto externos como
internos. "É verdade que o Estado é o acionista majoritário, mas
a Petrobras tem de respeitar os
seus acionistas", afirma.
O fato, porém, é que, segundo
Delfim, a Petrobras não terá muita saída até às eleições. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já
declarou ontem até que o consumidor não vai pagar mais pelo
gás mesmo que a Bolívia decida
aumentar os preços do combustível. Lula chegou a dizer que a
Petrobras poderá absorver um
eventual reajuste.
Diante desse cenário, a Petrobras parece que será mesmo a
principal vítima da decisão da
Bolívia de expropriar os campos
de petróleo e gás do país. Não há
indicações, por exemplo, de quebra de fornecimento de gás do
país vizinho, o que exclui uma
grande fonte de preocupação.
Segundo Delfim, a Bolívia não
tem muita saída. O país só tem
um comprador para o seu gás,
que é a Petrobras. "O que a Bolívia quer é aumentar o preço."
Delfim também faz coro aos
críticos de Lula por ele não ter
reagido com firmeza à decisão da
Bolívia de nacionalizar os campos de gás e petróleo, embora
ache que esse seja o seu jeito.
Segundo ele, Lula acredita na
negociação. "Ele acha que as coisas só acontecem se for sentado
na mesa de negociação", diz. Só
que, de acordo com Delfim, essa
posição exige um pressuposto, o
de que o outro lado da mesa também tenha um cavalheiro. "Está
difícil enxergar um cavalheiro do
outro lado da mesa", afirma.
CAPTAÇÃO EM REAIS
O Banco do Brasil participou
de mais uma operação de captação de recursos em reais no exterior. Agora, para o BNP Paribas.
Como "co-lead manager", a BB
Securities de Londres, em conjunto com o próprio BNP, atuou
na venda de títulos em reais para
o banco francês. A captação totalizou R$ 50 milhões, com prazo
de dois anos e taxa de retorno de
13,5% ao ano. É a primeira emissão internacional que o BNP realiza com a moeda brasileira.
AZUL DO MAR
Começa hoje o Rio Boat
Show 2006, que deve levar 40
mil visitantes à Marina da
Glória, no Rio de Janeiro, e
gerar R$ 45 milhões em negócios. Entre os principais destaques deste ano, segundo o
organizador do evento, Ernani Paciornik, estão a visita do
belga Patrick Musimu, campeão mundial de mergulho
em apnéia, que dará palestra e
curso, e o lançamento de 13
marcas de veleiros. "Além
disso tudo, o salão está se internacionalizando cada vez
mais", diz Parcionik, que cita
um pool de dez empresas italianas que se uniram para vir
ao Brasil para o salão náutico,
além de barcos argentinos,
ingleses e americanos. Participam do Rio Boat Show, que
vai até o próximo domingo
(dia 14), 170 expositores.
MARTELO BATIDO
Já está praticamente acertada a
venda das duas malhas ferroviárias da Brasil Ferrovias para a
ALL (América Latina Logística).
Os fundos Funcef e Previ e o
BNDES devem anunciar a decisão nos próximos dias.
CENTENÁRIA
A Liberty Seguros chega a 100
anos neste mês, após um lucro
recorde de R$ 9,1 milhões no primeiro trimestre, alta de 274%
ante igual período de 2005.
ARTE E LUXO
Um evento de arte e uma bebida de luxo. Essa combinação
será vista e experimentada hoje à noite, durante a apresentação da nova vodca Level -marca "top" da Absolut- ao público brasileiro na SP Arte Feira Internacional de Arte Moderna e Contemporânea de São Paulo, no Pavilhão da Bienal.
Na programação estão performances audiovisuais de artistas como Lenora de Barros e Lucas Bambozzi. "A Absolut
tem mais de 20 anos de envolvimento com a arte contemporânea, mas, só agora, identificamos a maturidade do mercado de arte para realizar o nosso primeiro grande trabalho na
área", afirma Gustavo Clauss, executivo da marca de bebida
no Brasil. A SP Arte, que acaba amanhã, abriga obras de R$
100 a R$ 1 milhão, de mais de 50 galerias de todo o país.
GUIA DA INOVAÇÃO
A Protec (Sociedade Brasileira
Pró-Inovação Tecnológica) acaba de lançar um manual dos mecanismos oficiais de incentivo à
inovação tecnológica, contendo
a legislação, o regulamento e dicas de como as empresas podem
ter acesso a tais benefícios. Editada em parceria com o Senai, a
publicação recebeu contribuições do Ministério da Ciência e
Tecnologia e do BNDES.
FOCO DEFINIDO
A operação brasileira da Blockbuster decidiu reforçar sua expansão nas cidades médias do
país, com mais de 190 mil habitantes. A empresa americana iniciou uma ofensiva, em que pretende mostrar seu modelo de negócios, sobre empresários de 31
localidades de norte a sul do país,
dispostos a abrir uma locadora
da rede. O objetivo é inaugurar
11 unidades até o fim de 2006.
SUPERFÍCIE PROTEGIDA
As tendências de mercado e os desafios nos próximos anos dos setores de galvanoplastia, pintura, polimento e anodização serão debatidos no 12º Encontro e Exposição Brasileira de Tratamentos de Superfície, de terça a quinta-feira da semana que vem, em São Paulo. Segundo a ABTS (associação brasileira dessa indústria), o setor deve
manter uma expansão média anual de 5% nos próximos dez anos.
NOVOS SÓCIOS
Aracruz, Dixie Toga e Electrovidro acabam de se filiar à recém-criada Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia). Em
pouco mais de um mês, a entidade atraiu grupos como Basa, Eucatex
e Weg. "Está na hora de o consumidor participar das grandes decisões do setor elétrico, afinal, é ele quem paga a conta", afirma Lindolfo Paixão, presidente do conselho administrativo da associação.
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