São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2008

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Petróleo supera barreira de US$ 120 o barril

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

DA REDAÇÃO

O preço do barril de petróleo superou pela primeira vez a barreira dos US$ 120 na Bolsa de Nova York antes de recuar e terminar o dia valendo US$ 119,97 -novo recorde e alta de 3,14% em relação ao pregão da última sexta-feira.
A nova alta foi provocada pelo indicador positivo do setor de serviços nos EUA, por um novo ataque a instalações petrolíferas na Nigéria e por tensões geopolíticas no Oriente Médio. Em Londres, o produto se valorizou em 2,99%, terminando o pregão cotado a US$ 117,99.
O índice do setor de serviços do instituto privado ISM apontou, pela primeira vez desde dezembro, recuperação nessa área nos EUA, o que criou a expectativa de que os consumidores norte-americanos possam gastar mais em combustível, elevando a demanda. O preço dos combustíveis é uma das grandes preocupações dos americanos e o assunto tem ganhado destaque na disputa presidencial do país.
Segundo pesquisa da CNN, 94% dos americanos dizem acreditar que o preço do galão (3,785 litros) da gasolina chegará a US$ 4 em algum momento deste ano -e 78% afirmam que ele alcançará os US$ 5. A média nacional do galão está em cerca de US$ 3,60, mas em alguns Estados americanos, como na Califórnia, o preço já chegou na marca dos US$ 4.
De acordo com a Casa Branca, os altos preços do petróleo será um dos temas que o presidente George W. Bush discutirá na sua visita à Arábia Saudita, na semana que vem. Os sauditas são tradicionais aliados dos Estados Unidos e os principais membros da Opep, o cartel responsável por cerca de 40% da produção mundial e que reúne países como Irã, Nigéria e Venezuela.

Queda da gasolina
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) divulgou ontem pesquisa que apontou redução de 0,2% no preço médio do litro de gasolina vendido no país -de R$ 2,496 no período de 20 a 26 de abril para R$ 2,492 na semana encerrada em 3 de maio.
Apesar de a data final de referência ser 3 de maio, a coleta dos dados foi encerrada em 30 de abril por causa do feriado. Ou seja, um dia antes de passar a valer o reajuste de 10% nas refinarias da Petrobras. Por esse motivo, diz a agência, o aumento não foi captado ainda. O impacto só aparecerá no levantamento a ser divulgado na próxima sexta-feira.
Segundo a agência, o diesel registrou alta de 0,1% no período encerrado em 26 abril para a semana finalizada em 3 de maio. Passou de R$ 1,878 para R$ 1,879 na média nacional. O álcool, que já é mais vendido do que a gasolina, caiu 0,3% -para R$ 1,470.
No Estado de São Paulo, o preço da gasolina cedeu 0,3% -de R$ 2,382 para R$ 2,375 o litro. Nos postos paulistas, o álcool caiu 0,6%, para R$ 1,264. O diesel subiu 0,1% -R$ 1,885 para R$ 1,886.
Com o fim da coleta antecipado, a pesquisa também não capturou ainda a alta dos preços do álcool no atacado -que deve ter impacto também no preço da gasolina. Na semana passada (28 de abril a 2 de maio), o álcool hidratado (usado diretamente nos veículos) aumentou 5,6%, disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP).


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