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Petróleo supera barreira de
US$ 120 o barril
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
DA REDAÇÃO
O preço do barril de petróleo superou pela primeira
vez a barreira dos US$ 120 na
Bolsa de Nova York antes de
recuar e terminar o dia valendo US$ 119,97 -novo recorde e alta de 3,14% em relação ao pregão da última
sexta-feira.
A nova alta foi provocada
pelo indicador positivo do
setor de serviços nos EUA,
por um novo ataque a instalações petrolíferas na Nigéria e por tensões geopolíticas
no Oriente Médio. Em Londres, o produto se valorizou
em 2,99%, terminando o pregão cotado a US$ 117,99.
O índice do setor de serviços do instituto privado ISM
apontou, pela primeira vez
desde dezembro, recuperação nessa área nos EUA, o
que criou a expectativa de
que os consumidores norte-americanos possam gastar
mais em combustível, elevando a demanda. O preço
dos combustíveis é uma das
grandes preocupações dos
americanos e o assunto tem
ganhado destaque na disputa
presidencial do país.
Segundo pesquisa da CNN,
94% dos americanos dizem
acreditar que o preço do galão (3,785 litros) da gasolina
chegará a US$ 4 em algum
momento deste ano -e 78%
afirmam que ele alcançará os
US$ 5. A média nacional do
galão está em cerca de US$
3,60, mas em alguns Estados
americanos, como na Califórnia, o preço já chegou na
marca dos US$ 4.
De acordo com a Casa
Branca, os altos preços do
petróleo será um dos temas
que o presidente George W.
Bush discutirá na sua visita à
Arábia Saudita, na semana
que vem. Os sauditas são tradicionais aliados dos Estados
Unidos e os principais membros da Opep, o cartel responsável por cerca de 40%
da produção mundial e que
reúne países como Irã, Nigéria e Venezuela.
Queda da gasolina
A ANP (Agência Nacional
do Petróleo) divulgou ontem
pesquisa que apontou redução de 0,2% no preço médio
do litro de gasolina vendido
no país -de R$ 2,496 no período de 20 a 26 de abril para
R$ 2,492 na semana encerrada em 3 de maio.
Apesar de a data final de
referência ser 3 de maio, a
coleta dos dados foi encerrada em 30 de abril por causa
do feriado. Ou seja, um dia
antes de passar a valer o reajuste de 10% nas refinarias
da Petrobras. Por esse motivo, diz a agência, o aumento
não foi captado ainda. O impacto só aparecerá no levantamento a ser divulgado na
próxima sexta-feira.
Segundo a agência, o diesel
registrou alta de 0,1% no período encerrado em 26 abril
para a semana finalizada em
3 de maio. Passou de R$ 1,878
para R$ 1,879 na média nacional. O álcool, que já é mais
vendido do que a gasolina,
caiu 0,3% -para R$ 1,470.
No Estado de São Paulo, o
preço da gasolina cedeu 0,3%
-de R$ 2,382 para R$ 2,375 o
litro. Nos postos paulistas, o
álcool caiu 0,6%, para R$
1,264. O diesel subiu 0,1%
-R$ 1,885 para R$ 1,886.
Com o fim da coleta antecipado, a pesquisa também
não capturou ainda a alta dos
preços do álcool no atacado
-que deve ter impacto também no preço da gasolina. Na
semana passada (28 de abril
a 2 de maio), o álcool hidratado (usado diretamente nos
veículos) aumentou 5,6%,
disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP).
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