São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2008

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Argentinos retomam os embarques de carne bovina

ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

O governo argentino informou que vai liberar as exportações de carne bovina suspensas desde março devido ao locaute agropecuário de três semanas que gerou desabastecimento do produto no país. A liberação foi enfim publicada ontem no diário oficial, 17 dias depois de o governo haver prometido a líderes agropecuários que as vendas seriam reabertas.
A volta das exportações, que era uma das exigências dos produtores, foi vista como um sinal positivo do governo, que enfrenta um conflito com o setor agropecuário há quase dois meses. Mas a disputa interna não é a única razão para a medida.
Com o bloqueio às vendas externas, a Argentina corria o risco de não cumprir a cota Hilton, de cortes de carne "premium", mais valorizados, destinada à União Européia. O país tem menos de um mês para enviar 6.000 toneladas de carne pendentes de acordos com o bloco. A Argentina tem a maior cota desse tipo para a região.
A exportação de carnes movimenta US$ 1,3 bilhão no país e 7.000 trabalhadores tiveram seus horários de trabalho (e salários) reduzidos pela suspensão das atividades no setor.
A liberação das exportações não é completa e continuam as restrições impostas pelo governo, antes do locaute, para garantir o abastecimento e os preços internos.
No entanto a nova medida aumentou a quantidade de alguns cortes que podem ser vendidos ao exterior.

Cautela
Diante da demora do governo em cumprir suas promessas, o setor ruralista recebeu a notícia com cautela. "Estamos esperando para ver até que se carregue algum contêiner", disse o vice-presidente da Sociedade Rural, Hugo Luis Biolcati.


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