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Argentinos retomam os embarques de carne bovina
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
O governo argentino informou que vai liberar as exportações de carne bovina suspensas
desde março devido ao locaute
agropecuário de três semanas
que gerou desabastecimento
do produto no país. A liberação
foi enfim publicada ontem no
diário oficial, 17 dias depois de o
governo haver prometido a líderes agropecuários que as
vendas seriam reabertas.
A volta das exportações, que
era uma das exigências dos produtores, foi vista como um sinal
positivo do governo, que enfrenta um conflito com o setor
agropecuário há quase dois meses. Mas a disputa interna não é
a única razão para a medida.
Com o bloqueio às vendas externas, a Argentina corria o risco de não cumprir a cota Hilton, de cortes de carne "premium", mais valorizados, destinada à União Européia. O país
tem menos de um mês para enviar 6.000 toneladas de carne
pendentes de acordos com o
bloco. A Argentina tem a maior
cota desse tipo para a região.
A exportação de carnes movimenta US$ 1,3 bilhão no país
e 7.000 trabalhadores tiveram
seus horários de trabalho (e salários) reduzidos pela suspensão das atividades no setor.
A liberação das exportações
não é completa e continuam as
restrições impostas pelo governo, antes do locaute, para garantir o abastecimento e os
preços internos.
No entanto a nova medida
aumentou a quantidade de alguns cortes que podem ser vendidos ao exterior.
Cautela
Diante da demora do governo em cumprir suas promessas,
o setor ruralista recebeu a notícia com cautela. "Estamos esperando para ver até que se carregue algum contêiner", disse o
vice-presidente da Sociedade
Rural, Hugo Luis Biolcati.
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