São Paulo, quarta-feira, 06 de maio de 2009

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Roubini vê falsa impressão de fim da crise nos bancos

DA REDAÇÃO

O resultado do chamado "teste de estresse" dos bancos americanos, a ser divulgado amanhã, deve passar a mensagem geral de que o sistema financeiro nos EUA está em boa forma, apesar de problemas em algumas instituições. Mas é falsa a impressão -que pode ser passada pelo teste- de que a crise está no começo do fim.
A avaliação é dos economistas Nouriel Roubini, que ficou célebre por suas previsões catastrofistas, mas geralmente certeiras na atual crise, e Matthew Richardson, professor da Universidade de Nova York.
"Isso seria bom se fosse crível", escreveram Roubini e Richardson no site da consultoria RGE Monitor ontem. "Mas o FMI [Fundo Monetário Internacional] acaba de divulgar um estudo sobre as perdas estimadas em empréstimos e garantias. É um cenário sombrio -US$ 2,7 trilhões, o dobro da estimativa feita há seis meses. Nossa previsão aponta para uma cifra maior, de US$ 3,6 trilhões, o que implica que o sistema financeiro está atualmente próximo da insolvência."
Dez instituições de 19 que estão sob o "teste de estresse" -que mede a saúde financeira dos bancos nos EUA- receberam recomendações para aumentar o seu capital, de acordo com o "Wall Street Journal". É provável que instituições como o Citigroup e o Bank of America venham a precisar de recursos adicionais do governo. Só o Citi, terceiro maior banco dos EUA, já recebeu cerca de US$ 45 bilhões do Tesouro.
"As conclusões do "teste de estresse" são muito otimistas", dizem Roubini e Richardson.
Uma das saídas, aponta o texto, é a aprovação pelo Congresso de uma lei que dê ao governo autoridade para reestruturar os instrumentos financeiros. Outra sugestão é o aumento da ênfase no programa público-privado de compra de ativos de instituições financeiras, afirmam os economistas.


Com agências internacionais


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