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Roubini vê falsa impressão de fim da crise nos bancos
DA REDAÇÃO
O resultado do chamado
"teste de estresse" dos bancos
americanos, a ser divulgado
amanhã, deve passar a mensagem geral de que o sistema financeiro nos EUA está em boa
forma, apesar de problemas em
algumas instituições. Mas é falsa a impressão -que pode ser
passada pelo teste- de que a
crise está no começo do fim.
A avaliação é dos economistas Nouriel Roubini, que ficou
célebre por suas previsões catastrofistas, mas geralmente
certeiras na atual crise, e Matthew Richardson, professor da
Universidade de Nova York.
"Isso seria bom se fosse crível", escreveram Roubini e Richardson no site da consultoria
RGE Monitor ontem. "Mas o
FMI [Fundo Monetário Internacional] acaba de divulgar um
estudo sobre as perdas estimadas em empréstimos e garantias. É um cenário sombrio
-US$ 2,7 trilhões, o dobro da
estimativa feita há seis meses.
Nossa previsão aponta para
uma cifra maior, de US$ 3,6 trilhões, o que implica que o sistema financeiro está atualmente
próximo da insolvência."
Dez instituições de 19 que estão sob o "teste de estresse"
-que mede a saúde financeira
dos bancos nos EUA- receberam recomendações para aumentar o seu capital, de acordo
com o "Wall Street Journal". É
provável que instituições como
o Citigroup e o Bank of America
venham a precisar de recursos
adicionais do governo. Só o Citi,
terceiro maior banco dos EUA,
já recebeu cerca de US$ 45 bilhões do Tesouro.
"As conclusões do "teste de
estresse" são muito otimistas",
dizem Roubini e Richardson.
Uma das saídas, aponta o texto, é a aprovação pelo Congresso de uma lei que dê ao governo
autoridade para reestruturar
os instrumentos financeiros.
Outra sugestão é o aumento da
ênfase no programa público-privado de compra de ativos de
instituições financeiras, afirmam os economistas.
Com agências internacionais
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