ADRIANA CHAVES
DA AGÊNCIA FOLHA

Os cerca de 2.000 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que invadiram a estação de pesquisa, treinamento e beneficiamento de sementes da Monsanto do Brasil em Santa Helena de Goiás (220 km de Goiânia) na segunda-feira deixaram a área ontem.
Os sem-terra negociaram a saída depois que a PM chegou à propriedade para cumprir o mandado de reintegração de posse concedido à empresa pela 1ª Vara da Justiça no dia seguinte à invasão.
A área foi invadida pelo MST como forma de pressionar o governo para agilizar a reforma agrária e protestar contra os experimentos com plantas geneticamente modificadas (transgênicas). Dos 307 hectares da unidade, 7 hectares são destinados a ensaios com transgênicos.
Aproximadamente 200 policiais foram envolvidos na operação, que teve início durante a madrugada e se arrastou até o início da tarde de ontem. As famílias foram levadas para um acampamento improvisado na altura do km 2 da rodovia GO-452, entre Rio Verde e Goiânia.
"O governo não se sensibilizou e entramos em acordo com as famílias para evitar um conflito. Até agora, só temos promessas. Vamos aguardar uma solução nos próximos dias e, se não houver uma definição quanto aos assentamentos, retomaremos a luta", disse o líder do MST Dinamar Rosa dos Reis.


Texto Anterior: Águia empacada: Indústria e emprego têm queda nos EUA
Índice