PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

A crise na agricultura levou a prefeitura petista do município de Luz, na região centro-oeste de Minas Gerais, a decretar estado de calamidade pública. Nem mesmo o pacote de R$ 60 bilhões baixado pelo governo adiantará para os produtores, segundo a prefeitura, porque eles terão dificuldades de acessar novos créditos por estarem muito endividados.
O decreto, publicado no mês passado, teve como principal objetivo facilitar para os produtores a renegociação das dívidas com os bancos. Sem condições de honrar os financiamentos, eles recorrem ao decreto para comprovar a situação de crise que vivem e agilizar a renegociação com credores.
Segundo o secretário de Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Luz, Luiz Antônio de Carvalho, a quebra de safra de milho e soja chegou a 50% e deixou os produtores em situação difícil.
A produção de leite ainda é o carro-chefe da economia de Luz, de 17 mil habitantes. Mas há quatros anos a cidade iniciou a abertura de uma nova fronteira agrícola e vinha expandindo a produção de milho e soja, com 10 mil hectares plantados.
"O prefeito [Agostinho Oliveira] tomou a decisão de declarar calamidade em virtude da situação do povo daqui", disse o secretário.


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