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GM condiciona investimentos em novo modelo a redução de salário
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O vice-presidente da GM do
Brasil, José Carlos Pinheiro
Neto, anunciou ontem que a
empresa pretende investir US$
500 milhões (cerca de R$ 800
milhões) na fábrica de São José
dos Campos (91 km de São Paulo) para a montagem de um novo modelo que será colocado no
mercado a partir de 2011.
Neto também informou que
a GM quer contratar 600 funcionários para criar, ainda neste mês, o segundo turno de produção do Corsa, para atender
ao crescimento da demanda.
Para fazer os investimentos,
a GM exige que o Sindicato dos
Metalúrgicos de São José aceite algumas condições, entre
elas a redução do piso (de R$
1.300 para R$ 1.200) e do teto
salarial (de R$ 2.500 para R$
1.800) dos novos contratados.
Caso não aconteça um acordo, Neto disse que a montadora
poderá construir a sua quarta
fábrica no país.
A GM já havia tentado, no
início do ano, implantar o segundo turno de produção do
Corsa na fábrica de São José
dos Campos com as mesmas
condições. Porém, sem acordo
com o sindicato, a GM transferiu as novas vagas para a fábrica
de São Caetano do Sul (SP).
Com a decisão da GM, foi
criado em São José dos Campos
um grupo, formado por políticos e representantes de entidades patronais, para combater a
influência do sindicato dos metalúrgicos. "Hoje, São José dos
Campos é a mão-de-obra mais
cara do Brasil. Isso tira competitividade da GM", disse Neto.
"Assim como da outra vez,
somos contrários à proposta da
GM. Não aceitamos nenhuma
redução salarial na fábrica de
São José", disse o diretor do
Sindicato dos Metalúrgicos, Vivaldo Moreira Araújo.
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