São Paulo, sexta-feira, 06 de junho de 2008

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GM condiciona investimentos em novo modelo a redução de salário

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

O vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, anunciou ontem que a empresa pretende investir US$ 500 milhões (cerca de R$ 800 milhões) na fábrica de São José dos Campos (91 km de São Paulo) para a montagem de um novo modelo que será colocado no mercado a partir de 2011.
Neto também informou que a GM quer contratar 600 funcionários para criar, ainda neste mês, o segundo turno de produção do Corsa, para atender ao crescimento da demanda.
Para fazer os investimentos, a GM exige que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José aceite algumas condições, entre elas a redução do piso (de R$ 1.300 para R$ 1.200) e do teto salarial (de R$ 2.500 para R$ 1.800) dos novos contratados.
Caso não aconteça um acordo, Neto disse que a montadora poderá construir a sua quarta fábrica no país.
A GM já havia tentado, no início do ano, implantar o segundo turno de produção do Corsa na fábrica de São José dos Campos com as mesmas condições. Porém, sem acordo com o sindicato, a GM transferiu as novas vagas para a fábrica de São Caetano do Sul (SP).
Com a decisão da GM, foi criado em São José dos Campos um grupo, formado por políticos e representantes de entidades patronais, para combater a influência do sindicato dos metalúrgicos. "Hoje, São José dos Campos é a mão-de-obra mais cara do Brasil. Isso tira competitividade da GM", disse Neto.
"Assim como da outra vez, somos contrários à proposta da GM. Não aceitamos nenhuma redução salarial na fábrica de São José", disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Vivaldo Moreira Araújo.


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