|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@grupofolha.com.br
PIB do Brasil cairá 2% em 2009, diz Goldfajn
Apesar de o pior já ter ficado
para trás e a economia já mostrar sinais de recuperação, o
PIB do Brasil vai cair 2% neste
ano. O problema é que a queda
no final do ano passado e no início de 2009 foi muito forte e a
recuperação ainda é lenta.
A projeção é do Departamento de Economia do banco Itaú
Unibanco, que acabou de fazer
uma revisão para o comportamento do PIB em 2009 e 2010.
Para o ano que vem, a previsão
é de um crescimento de 3,7%.
Segundo o economista-chefe
do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, apesar desse número negativo de 2% para o PIB deste
ano, o Brasil ainda terá um resultado melhor do que a maioria dos países nesta crise.
"O Brasil passou no teste de
estresse melhor do que os outros países", afirma Goldfajn.
O problema, no entanto, de
acordo com o economista, é
que a recuperação da economia
não será tão rápida quanto foi a
queda. Muitos chegaram a imaginar que a economia poderia
ter um comportamento semelhante a letra "V", com a queda
e a volta rápidas, mas a recuperação vai demorar.
"O mundo ainda está um
pouco morno, e o Brasil é influenciado por esse comportamento", diz Goldfajn.
Mesmo assim, os investidores de fora estão otimistas com
o Brasil. O país atravessou a crise sem inflação, os juros estão
em queda, o sistema bancário
se mostrou sólido, o déficit em
conta corrente está controlado
e não houve sinal de pânico em
nenhum setor. O país tem baixíssimo risco político e o Brasil
ainda se favorece de ter um comércio forte com a China, que é
vista como o país que primeiro
conseguiu sair da crise.
"Há pouco tempo chegou a se
pensar em tirar o "B" (de Brasil) dos Brics. Agora, se fala em
tirar o "R" (de Rússia) e ficar
apenas Bics", diz Goldfajn, para
mostrar como o país se saiu
melhor do que os outros na crise econômica.
A maior preocupação de
Goldfajn é com a economia
americana. Se os juros tiverem
que subir (os juros futuros estão em alta), as projeções para o
Brasil e para o resto do mundo
vão ter que mudar.
Nas atuais condições, a previsão do Itaú Unibanco é de o PIB
brasileiro crescer 3,7% em
2010 e 4,5% em 2011.
PRIORIDADE
O executivo brasileiro coloca a carreira acima da família, segundo pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Robert Half,
com mais de 6.000 executivos em 20 países. De acordo
com o levantamento, a carreira é prioridade para 47%
dos executivos entrevistados
no Brasil.
EMPENHO
Dos 115 executivos consultados pela consultoria DBM,
52% consideram insuficiente ou regular o esforço das
companhias para manter o
clima organizacional positivo neste contexto de crise
econômica. Apenas quatro
executivos afirmaram que o
empenho das empresas nesse sentido é elevado.
CONGELADO
O grupo Pão de Açúcar
quer aumentar a exportação
de produtos in natura para o
Casino, seu sócio francês.
Até o final deste ano, a companhia deve dobrar o volume
exportado de frango congelado em relação ao ano passado, em uma parceria com
os frigoríficos Mabella e Copacol.
NO TRILHO
Jaques Wagner (BA), Paulo Sérgio Passos (Ministério
dos Transportes) e José
Francisco das Neves (Valec)
participam na segunda, em
Barreiras (BA), da primeira
audiência pública sobre a
Ferrovia Oeste-Leste. O projeto inclui 1.500 quilômetros
de ferrovia e prevê investimento de R$ 4 bilhões.
ALONGAMENTO
O canal Esporte Interativo, que atualmente é transmitido
pela TV aberta por antena parabólica, a partir do mês de julho vai passar a ser transmitido também pela internet e por
meio do celular. Com um investimento de cerca de R$ 3 milhões, de acordo com Edgar Diniz, presidente do canal Esporte Interativo, o objetivo da empresa é passar das 60 milhões de pessoas impactadas no ano passado para aproximadamente 100 milhões de pessoas atingidas em 2009. "A gente espera aumentar o impacto com o crescimento da TV e
das novas mídias", afirma Diniz.
PÊNALTI
Enrico Cucchiani, responsável pelas operações da Europa do Sul e da América do Sul do grupo segurador Allianz,
esteve no Brasil nesta semana e participou de reuniões
em que se definiram estratégias para a Copa de 2014. De
olho no risco de engenharia das obras que serão construídas, Cucchiani diz que o Brasil está "no topo da lista" das
prioridades do grupo, entre os 70 países onde a empresa
está presente.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
Próximo Texto: Governo eleva tarifa sobre aço importado Índice
|