São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Ação conjunta...
Um grupo de seis associações de comércio, representando as indústrias de exportação de grãos e de processamento de soja do Brasil, dos Estados Unidos e da Argentina, enviou carta a seus respectivos governos pedindo uma ação conjunta contra as restrições comerciais impostas pela China. Segundo eles, as restrições violam as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio).

...contra a China
As associações recomendam que seus governos rescindam "as regulamentações impostas pela China em 1º deste mês, fundamentadas em regras fitossanitárias não-transparentes e arbitrárias". Além disso, as associações pedem que os governos estabeleçam um "grupo técnico de trabalho para aprimorar a comunicação e o entendimento de questões importantes que afetam os países exportadores agrícolas".

Os brasileiros
No Brasil, o documento das associações foi enviado ao presidente Lula e aos ministérios da Agricultura, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento. As entidades que representam o Brasil são a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Argentinos e americanos
Os representantes argentinos na ação contra as restrições chinesas são a Cámara de la Industria Aceitera de la República Argentina (Ciara) e o Centro de Exportadores de Cereales (CEC). Pelos EUA, são a National Oilseed Processors Association (Nopa) e a North American Export Grain Association (Naega).

Ótimo semestre
A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira comemora o crescimento das exportações para os países árabes, que, no acumulado do primeiro semestre deste ano, alcançaram US$ 1,86 bilhão, 76% acima do volume registrado no mesmo período do ano passado. Na comparação entre junho deste ano e junho de 2003, o crescimento foi de 169%.

Avanço com o trigo
Um dos itens que estrearam na pauta de exportação para os árabes foi o trigo, cujas vendas chegaram a US$ 130 milhões nos seis primeiros meses do ano. Os principais compradores do produto brasileiro foram Egito -que também se destacou na importação de carne, com US$ 100 milhões-, Argélia, Tunísia e Marrocos.

Custo acima do retorno
O custo médio de produção do frango vivo na granja fechou o primeiro semestre deste ano em R$ 1,44 por quilo, acima do preço médio praticado no período, de R$ 1,37 por quilo, em São Paulo. No primeiro semestre do ano passado, a cotação do frango (R$ 1,41) estava acima do custo de produção (R$ 1,40).

Prejuízo maior
Somados os gastos de controle químico com o que deixou de ser colhido, a ferrugem asiática -doença que ataca as lavouras de soja- gerou prejuízo de aproximadamente US$ 2 bilhões na safra 2003/4, o dobro do dano apurado na safra anterior, segundo estudo da Embrapa. A ferrugem provocou perdas de cerca de 4,5 milhões de toneladas de soja na safra 2003/4.

E-mail: akianek@folhasp.com.br


Texto Anterior: Mercado financeiro: Dólar recua 0,56% e fecha em R$ 3,025
Próximo Texto: Denúncia: Investidor é alvo de golpe em várias capitais
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.