|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RECUPERAÇÃO
Estimativa da ONU para região vai de 4% a 4,5%, mas cenário deve piorar em 2005; Brasil sobe de 3,3% para 3,7%
Cepal prevê crescimento maior para AL
DA REDAÇÃO
A recuperação econômica na
América Latina e no Caribe é generalizada e se estende a praticamente todos os países, mas é pouco provável que a região sustente
o desempenho em 2005, afirmou
a Cepal (comissão econômica da
ONU para a região). Em relatório
divulgado ontem, o órgão revisou
a estimativa de crescimento na região de 4% (dado de maio) para
4,5% neste ano.
É a segunda revisão que a Cepal
anuncia desde dezembro passado, quando a estimativa para a região era de alta de 3,5%. Se confirmada a previsão atual, será a
maior expansão em sete anos, impulsionada pelo conjuntura favorável no cenário internacional.
Em 2003, os países da região
cresceram 1,5%, após a retração
de 0,6% no ano anterior.
A previsão de expansão para o
Brasil passou para 3,7%, ante
3,3% em maio. A Cepal afirma
que as exportações devem continuar a contribuir para a retomada, mas que será determinante o
aumento da demanda interna, como resultado da menor taxa de
juros real, das melhoria das condições de financiamento e da expansão da massa salarial.
O relatório destaca como "estímulos [à retomada da região] a
queda das taxas de risco soberano, o aumento dos preços das matérias-primas, a recuperação do
turismo e o crescimento das exportações (excluindo o petróleo)
aos EUA e a outros destinos".
O secretário-executivo da Cepal, o argentino José Luis Machinea, porém, se mostrou reticente
quanto às perspectivas para 2005.
"Levando em conta o cenário internacional e que as grandes taxas
de crescimento de Argentina
[7,1%], Uruguai [9,5%] e Venezuela [12%] em 2004 não devem
se repetir, é difícil imaginar que a
região voltará a crescer 4,5%."
A Cepal levanta outros perigos à
continuidade da expansão na região. No plano interno, a debilidade da demanda em muitas das
economias é citada como fator de
ameaça. "O comportamento pouco dinâmico da absorção interna,
especificamente do consumo privado", é destacado no relatório.
Os países citados por Machinea
apresentam as maiores previsões
para o ano, na esteira, porém, de
fortes retrações em 2002.
A Argentina, por exemplo, deve
crescer 7,1%, após alta de 8,6% em
2003. Mas, um ano antes, influenciada pela crise que culminou
com a moratória no fim de 2001, a
economia recuara 10,8%.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Energia 2: Cemig tem lucro de R$ 557 mi no 1º semestre Próximo Texto: Fundo busca equilibrar sócios do Mercosul Índice
|