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Anglo fecha aquisição de mineradora de Eike Batista
Ainda há condicionantes ao negócio devido à ação da PF
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A Anglo American anunciou
ontem que fechou a operação
de compra da MMX, negócio
que havia sido adiado em razão
de investigações da Polícia Federal. O valor da aquisição ficou
em R$ 5,4 bilhões, considerando apenas os 63% das ações ordinárias do grupo do empresário Eike Batista.
Para evitar o naufrágio do negócio, Batista prometeu pagar
no último dia 28 uma indenização do próprio bolso para cobrir qualquer prejuízo eventual
que a mineradora anglo-sul-africana venha a ter em decorrência da investigação da PF. O
valor não foi divulgado.
Em janeiro, a Anglo American anunciou um acordo para a
compra de 51% da MMX Minas-Rio -empresa da qual já tinha os 49% restantes- e 70%
da MMX Amapá. O negócio seria fechado em junho, mas foi
adiado depois que a Operação
Toque de Midas, da PF, apontou supostas irregularidades da
MMX no processo de licitação
de uma ferrovia no Amapá.
Depois da garantia de Batista, o negócio foi finalmente fechado. A MMX foi dividida em
duas partes. Eike Batista ficou
com os ativos em Mato Grosso
do Sul e os de logística (como o
porto do Açu, que escoará a
produção do sistema Minas-Rio). Eles foram abrigados numa empresa batizada de LLX.
A parte vendida à Anglo
American migrou para uma nova empresa, a IronX, que ficou
com os sistemas de extração de
minério de ferro no Amapá (em
etapa inicial) e em Minas Gerais -este ainda em projeto.
Como parte da operação, a
Anglo American vai realizar
uma oferta pública de recompra de ações dos demais acionistas da MMX que migraram
para a IronX. O valor da ação foi
estabelecido em R$ 28,147, o
mesmo pago a Batista.
Ao considerar também a despesa com a oferta pública, a Anglo American desembolsará, ao
todo, R$ 8,6 bilhões para adquirir 100% das ações da IronX.
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