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BC reavê recursos e reservas atingem recorde
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central já resgatou
72% do total de dólares injetados no mercado de câmbio no
auge da crise financeira internacional, entre outubro do ano
passado e março deste ano. De
abril para cá, o BC, além de ter
recomprado divisas, resgatou
US$ 20 bilhões dos empréstimos de US$ 24,5 bilhões concedidos a bancos.
Essa ação ajudou a recompor
as reservas internacionais do
país, que atualmente se encontram num nível superior ao observado antes da crise. Anteontem, esse saldo estava em US$
212 bilhões, o mais alto da história. No fim de agosto do ano
passado, era de US$ 205 bilhões.
Segundo o presidente do BC,
Henrique Meirelles, a rápida
recuperação das reservas em
moeda estrangeira é um indicador de que o Brasil enfrentou
relativamente bem a crise. Durante audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado, Meirelles disse, inclusive, estar preocupado com o que chamou de
"euforia" dos mercados.
"O que nos preocupa é o excesso de euforia. Às vezes é nossa função acalmar os mercados
para evitar uma distorção de
preços", afirmou o presidente
do BC aos senadores. Discurso
semelhante era adotado por
Meirelles antes da crise, quando o Banco Central julgava que
a economia brasileira estava
crescendo de forma excessiva,
o que poderia levar a pressões
sobre a inflação.
Ontem, Meirelles tentou ser
otimista e cauteloso ao mesmo
tempo. "As perspectivas para a
economia são positivas, mas é
importante mantermos a sobriedade para evitar volatilidades desnecessárias." As declarações não foram suficientes
para evitar que a Bovespa tivesse ontem sua quinta alta seguida, e o dólar, a quinta queda.
Meirelles apresentou indicadores positivos, citando o desempenho do setor de serviços
para mostrar que alguns segmentos têm recuperação mais
forte do que a média da economia.
Segundo ele, a oferta de crédito no país está se normalizando e isso deve impulsionar o nível de atividade.
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