São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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CENÁRIO

Após queda, setor de celulose prevê produção igual à de 2008

DANILO VILELA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O setor de celulose se recuperou da queda de 5,2% no volume de produção que sofreu no primeiro trimestre. Segundo a Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), o consolidado do semestre mostra diminuição de 0,3% na produção em relação ao mesmo período de 2008. A expectativa é que 2009 iguale os 12,7 milhões de toneladas do ano passado.
O aumento de 18% no volume das exportações foi o principal responsável pela melhora, capitaneada por um crescimento de 119% nas vendas para a China, que caminha para superar os europeus no ranking dos maiores importadores da celulose produzida no país. Afetada pela crise, a Europa registrou queda de 38% no valor (não há dados relativos ao volume) das importações.
O saldo da balança comercial do setor, no entanto, caiu. O maior responsável foi o preço da celulose, que, depois de atingir um pico de US$ 840 em agosto do ano passado, foi a US$ 480 em abril. As perdas em dólares nas exportações chegaram a 17% na comparação com 2008 e, com a tonelada a US$ 526 (em julho), não devem ser recuperadas neste ano.
Para retomar os investimentos, o setor reclama linhas de crédito para as empresas e isenção dos 17% de tributo cobrados sobre novas instalações. "A situação ainda é adversa. Nos países desenvolvidos, quem quer investir não paga imposto nenhum. Além disso, dólar a R$ 1,82 em tempos de crise dificulta muito a exportação", diz Elizabeth Carvalhaes, presidente da Bracelpa.
O setor de celulose e papel respondeu por 12,2% do saldo da balança comercial brasileira entre janeiro e julho deste ano, ante 17,6% no mesmo período de 2008. O Brasil é o quarto maior produtor de celulose no mundo e, segundo a Bracelpa, deve ser o único a não diminuir a produção neste ano.


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