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CENÁRIO
Após queda, setor de celulose prevê produção igual à de 2008
DANILO VILELA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O setor de celulose se recuperou da queda de 5,2% no
volume de produção que sofreu no primeiro trimestre.
Segundo a Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose
e Papel), o consolidado do semestre mostra diminuição
de 0,3% na produção em relação ao mesmo período de
2008. A expectativa é que
2009 iguale os 12,7 milhões
de toneladas do ano passado.
O aumento de 18% no volume das exportações foi o
principal responsável pela
melhora, capitaneada por
um crescimento de 119% nas
vendas para a China, que caminha para superar os europeus no ranking dos maiores
importadores da celulose
produzida no país. Afetada
pela crise, a Europa registrou
queda de 38% no valor (não
há dados relativos ao volume) das importações.
O saldo da balança comercial do setor, no entanto,
caiu. O maior responsável foi
o preço da celulose, que, depois de atingir um pico de
US$ 840 em agosto do ano
passado, foi a US$ 480 em
abril. As perdas em dólares
nas exportações chegaram a
17% na comparação com
2008 e, com a tonelada a US$
526 (em julho), não devem
ser recuperadas neste ano.
Para retomar os investimentos, o setor reclama linhas de crédito para as empresas e isenção dos 17% de
tributo cobrados sobre novas
instalações. "A situação ainda é adversa. Nos países desenvolvidos, quem quer investir não paga imposto nenhum. Além disso, dólar a R$
1,82 em tempos de crise dificulta muito a exportação",
diz Elizabeth Carvalhaes,
presidente da Bracelpa.
O setor de celulose e papel
respondeu por 12,2% do saldo da balança comercial brasileira entre janeiro e julho
deste ano, ante 17,6% no
mesmo período de 2008. O
Brasil é o quarto maior produtor de celulose no mundo
e, segundo a Bracelpa, deve
ser o único a não diminuir a
produção neste ano.
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