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FINANCIAMENTO
Contrato será assinado hoje no Rio para a aquisição de 125 ônibus produzidos pela Volvo no Paraná
BNDES emprestará US$ 13 milhões a Cuba
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S/A
Os velhos e surrados ônibus cubanos estão sendo substituídos
por novos modelos da Volvo fabricados no Brasil. O BNDES irá
assinar hoje na sede do banco, no
Rio, empréstimo de US$ 13 milhões ao governo cubano para a
aquisição de 125 ônibus produzidos pela fábrica sueca no Paraná.
Trata-se do maior empréstimo
do governo brasileiro já concedido a Cuba para compra de produtos, à exceção de alimentos.Uma
comitiva do governo cubano está
no Brasil para a assinatura do financiamento.
O empréstimo do BNDES será
concedido dentro das regras do
Exim, o braço do banco para o financiamento às exportações. Ou
seja, com as mesmas condições
dos créditos concedidos para a
venda de aviões da Embraer e que
acabaram sendo considerados ilegais pela Organização Mundial do
Comércio (OMC).
O turismo é hoje uma das principais fontes de renda de Cuba, ao
lado do açúcar. São 2 milhões de
turistas por ano que visitam a ilha
e, por isso, o governo cubano está
investindo forte na melhoria tanto no sistema de transporte.
Os modelos dos 150 ônibus vendidos para Cuba são do mesmo
modelo daqueles fabricados na
Suécia, onde fica a sede da Volvo,
e que operam em diversos países
europeus.
A América Central tornou-se
um filão para a empresa sueca.
Além de Cuba, a companhia está
vendendo seus ônibus superequipados para outros países do Caribe, como a Jamaica e a República
Dominicana.
O BNDES não é a única instituição oficial brasileira a conceder financiamentos para Cuba. O Banco do Brasil também possui uma
linha de empréstimo de US$ 15
milhões, que acabou de ser renovada, para a compra de arroz e trigo brasileiros. O empréstimo do
Banco do Brasil foi feito logo depois do furacão que devastou Cuba, há quatro anos.
Vicunha
A diretoria do BNDES exigiu garantias mais detalhadas e não
aprovou o empréstimo ao grupo
Vicunha, equivalente a US$ 300
milhões, necessário para o fechamento do descruzamento de participações entre a Vale do Rio Doce, a CSN e seus principais sócios.
A diretoria do banco estatal espera para hoje uma nova proposta dos interessados. Hoje, termina
o prazo adicional de sete dias que
os sócios da Vale e da CSN deram
para o fechamento da operação.
Ontem à noite os assessores dos
principais interessados no negócio (Vicunha, Previ e Bradespar)
estavam reunidos para encontrar
uma solução que atenda às objeções levantadas pelo banco.
Segundo a Folha apurou, a
maior preocupação dos dirigentes do BNDES é evitar que aquilo
que vier a ser aceito seja visto como algum tipo de favorecimento
ao Vicunha. Caso as objeções do
banco sejam atendidas, a diretoria do BNDES pode ser convocada extraordinariamente hoje para
aprovar a operação e evitar que os
sócios na Vale e na CSN tenham
que publicar um fato relevante
(espécie de comunicado ao mercado) prorrogando o prazo de negociação, o que poderia trazer
perturbações para os papéis das
empresas no mercado.
O negócio em andamento, prevê a compra pelo Vicunha das
participações da Bradespar e da
Previ (fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil) na
CSN e a compra pela Previ e pela
Bradespar (empresa de participações do Bradesco) da fatia que a
CSN tem no controle da Vale.
Para se tornar o acionista controlador da CSN, o Vicunha precisa de financiamento de US$ 600
milhões. Desse total, Bradespar e
Previ darão US$ 150 milhões na
forma de parcelamento do que terão a receber; um "pool" de bancos privados, liderado pelo Unibanco e pelo BBA, entra com outros US$ 150 milhões. O restante
deve ser emprestado pelo BNDES.
Colaborou a Sucursal do Rio
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