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COMÉRCIO
Empresariado prefere adiar acordo com UE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Industriais e representantes do
agronegócio concluíram ontem
que é preferível estender as negociações entre o Mercosul e a
União Européia a firmar um acordo ruim para o empresariado nacional. A data inicialmente prevista para o fechamento do acordo bilateral de comércio entre os
dois blocos é o dia 31 deste mês.
A posição dos empresários foi
firmada ontem em reunião da
Coalizão Empresarial Brasileira,
na sede da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília. Segundo o coordenador da coalizão, Osvaldo Dout, a oferta feita
pela UE, na semana passada, ao
Mercosul é um retrocesso em relação ao que foi apresentado ao
bloco do Cone Sul em Bruxelas,
em meados deste ano, e torna
muito difícil que o acordo seja
concluído no prazo previsto.
"Acho muito difícil resolver os
problemas colocados por vários
setores [indústria e agronegócio]
até o final deste mês", disse.
Um dos principais aspectos
com os quais os empresários brasileiros não concordam são as
chamadas regras de origem adotadas pela União Européia para
caracterizar o que são produtos
europeus.
Segundo industriais brasileiros,
empresas européias têm importado produtos de outros países,
agregado pouco valor a essas
mercadorias, reexportando-as
como se fossem produzidas na
UE e contando com benefícios
previstos nos acordos bilaterais
de comércio.
Um dos exemplos dados foi o
da indústria italiana de calçados,
que estaria vendendo como produtos nacionais sapatos que contam apenas com sola fabricada no
país. O Brasil quer que haja regras
de origem mais restritas e claras.
Do lado do setor agrícola, um
dos principais pontos rejeitados é
a questão das cotas de importação
para determinados produtos.
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