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Bovespa fecha semana com ganhos de 3%
Dados do mercado de trabalho americano animam investidores, e Bolsa avança 3,17%; NY termina acima de 14 mil pontos
Dólar volta a recuar e fecha semana cotado a R$ 1,805,
seu menor valor em mais de sete anos; expectativa é
que o BC retome atuações
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O aguardado relatório do
mercado de trabalho norte-americano foi bem recebido
ontem e permitiu que as Bolsas
retomassem a rota de alta. A
Bovespa terminou a semana
próxima de seu pico histórico,
devido à valorização de 3,17%
marcada no pregão de ontem.
O mesmo ocorreu nos EUA.
O índice Dow Jones subiu
0,66% ontem e voltou a operar
acima dos históricos 14 mil
pontos. A Nasdaq teve valorização de 1,71% no último pregão
da semana.
Os mercados abriram ontem
animados com os dados positivos do mercado de trabalho
americano (leia ao lado). A
maior economia do mundo registrou aumento de 110 mil
postos de trabalho em setembro, após elevação de 89 mil em
agosto. Analistas temiam desaceleração na criação de vagas
no mês passado.
Segundo André Segadilha,
gerente de análise da Prosper
Corretora, "a divulgação dos
dados do mercado de trabalho
nos EUA, com o "payroll" [vagas
de trabalho criadas] surpreendendo para melhor e o desemprego em linha com o esperado", favoreceram a abertura em
alta dos mercados.
O dólar voltou a ser negociado em seu mais baixo nível em
mais de sete anos: caiu 1,15%
ontem e fechou vendido a R$
1,805. No ano, a depreciação da
moeda americana diante do
real alcança 15,5%.
O forte fluxo de recursos para
o país neste ano, tanto no segmento comercial como no financeiro, tem derretido a cotação do dólar. A moeda dos Estados Unidos também tem sofrido um processo de depreciação
diante de outras divisas pelo
mundo, como o euro.
O que os investidores aguardam agora, com a moeda americana ameaçando cair abaixo
de R$ 1,80, é que o Banco Central retome suas atuações para
tentar deter a apreciação exagerada do real. Até meados de
agosto, o BC estava realizando,
praticamente em todas as sessões, leilões para comprar moeda estrangeira dos bancos.
A atuação foi suspensa devido às turbulências que abalaram o mercado e empurraram
o dólar para mais de R$ 2.
Ações valorizadas
A Bolsa de Valores de São
Paulo fechou ontem a 62.318
pontos, bem perto de sua máxima, que são os 62.340 pontos
de segunda. A alta acumulada
na semana foi de 3,06%, o que
levou a valorização registrada
em 2007 para 40,12%. A pontuação acompanha a oscilação
dos preços das ações.
Na semana, houve 44 altas
registradas dentre as 63 ações
que formam o índice Ibovespa,
o mais relevante do mercado.
As líderes do Ibovespa na semana foram as ações Natura
ON (17,77%), Lojas Renner ON
(11,44%) e Cosan ON (10,40%).
O que pode atrapalhar um
pouco o forte ritmo da Bovespa
é a percepção crescente do
mercado de que a taxa básica de
juros da economia, a Selic, poderá ser mantida inalterada na
reunião do Copom deste mês,
marcada para os dias 16 e 17.
Para o mercado acionário, juros em patamares menores
costumam ser mais favoráveis.
"Considerando as preocupações do Banco Central com o
quadro de atividade e inflação,
parece que uma parada técnica
no ciclo de flexibilização da política monetária está mais próxima do que esperávamos anteriormente. Sustentamos nosso
cenário de nova queda de 0,25
ponto na Selic neste mês. No
entanto reconhecemos que aumentaram as chances de uma
parada já neste mês", afirmou
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
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