São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2007

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Mais empregos nos EUA animam mercados

DA REDAÇÃO

A economia dos EUA criou 110 mil empregos no mês passado, segundo o Departamento de Trabalho. E, em agosto, 89 mil americanos conseguiram entrar no mercado de trabalho -a previsão anterior era que tivessem sido cortados 4.000 empregos. Com a revisão, a economia americana tem 49 meses consecutivos de crescimento na criação de empregos.
O crescimento na criação de empregos nos últimos dois meses diminuiu os temores de recessão na economia americana, animando os principais mercados mundiais.
Nem mesmo a expansão da taxa de desemprego assustou os investidores. O índice teve pequena alta no mês passado, de 0,1 ponto percentual, para 4,7%, e atingiu seu maior nível desde agosto de 2006.
Os números de julho também foram revisados, apontando a criação de mais 25 mil empregos do que se estimava anteriormente. Isso significa que, entre julho e agosto, foram criados 108 mil postos de trabalho a mais do que apontava a previsão anterior, divulgada no mês passado.
O presidente George W. Bush afirmou que os dados divulgados ontem são um indicador de que a economia americana está forte e vibrante.
"Estou realmente satisfeito com as notícias econômicas, mas não recebo boas notícias como algo definitivo. Entendo que existem pessoas que estão preocupadas com o pagamento de suas hipotecas, preocupadas em mandar seus filhos para a faculdade."

Juros
A estimativa anterior de agosto, que apontava números negativos, foi considerada um dos principais motivos para o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) ter cortado em 0,50 ponto percentual a taxa básica de juros, para 4,75%, na reunião do mês passado.
Na ocasião da divulgação dos dados de emprego de agosto, em 7 de setembro, as Bolsas mundiais sofreram quedas expressivas, com o temor de que os problemas no mercado de crédito imobiliário dos Estados Unidos estivessem contaminando o restante da principal economia mundial. Como era feriado no Brasil, a Bovespa sofreu fortes perdas quando voltou a operar, com baixa de 3,51%, e foi uma das Bolsas que mais perderam naquele dia.
Agora, com a revisão de agosto e os dados de setembro, vários analistas consideram que a tendência é a de que o Fed mantenha a taxa de juros na reunião do final do mês.
Porém há economistas que afirmam que o BC dos Estados Unidos ainda poderá realizar novos cortes, já que a maior parte das contratações foi feita pelo governo, sinalizando problemas no setor privado.


Com agências internacionais

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