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MERCADO ABERTO
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Leo Caobelli
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font size="-1">Hugo Janeba, vice-presidente executivo de marketing e inovação da Vivo
Faturamento do comércio já começa a desacelerar em SP e RJ
O faturamento do comércio
já começou a se desacelerar em
São Paulo e no Rio de Janeiro,
de acordo com os dados das federações do comércio dos dois
Estados.
Na região metropolitana de
São Paulo, o faturamento do setor cresceu 2,1% em agosto sobre o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Fecomercio SP. No mês de julho, o faturamento do comércio havia
crescido 4,7% na comparação
com o mesmo período do ano
passado.
Já no Estado do Rio de Janeiro, o faturamento real do comércio cresceu apenas 0,1% em
relação a igual período do ano
passado. Em julho, o crescimento tinha sido de 2,5% na
mesma comparação. Segundo a
entidade, o freio no crescimento foi provocado pela alta da taxa de juros e pela redução nos
prazos de financiamento.
Segundo Marcos Gouvêa de
Souza, diretor-geral da consultoria GS & MD, os grandes varejistas ainda não enfrentam
grandes restrições causadas pela turbulência internacional,
embora essa seja uma tendência natural.
De acordo com Gouvêa de
Souza, muitos varejistas possuem recursos próprios para financiar os clientes e conseguem manter a concessão de
crédito, outros possuem parcerias com os bancos e apenas alguns tomam empréstimos bancários.
Altamiro Carvalho, assessor
econômico da Fecomercio de
São Paulo, argumenta que, no
segundo semestre deste ano, a
base de comparação vai ser
muito elevada. Os índices de
crescimento registrados no ano
passado tiveram patamar bastante alto.
Christian Travassos, economista da Fecomércio do Rio de
Janeiro, afirma que a desaceleração se deve ao aumento de juros no Brasil. "A desaceleração
é um efeito direto do aumento
dos juros que o Banco Central
promove."
Tanto no Rio de Janeiro
quanto em São Paulo, a expectativa é a de que o comércio se
desacelere no segundo semestre em relação aos seis primeiros meses do ano.
Em ambos os Estados, as federações prevêem incremento
de até 2% no segundo semestre
deste ano. Entre janeiro e junho, o aumento registrado foi
de 5% em São Paulo e de 2% no
Rio de Janeiro.
INTERPRETAÇÃO
A Vivo vai lançar, na próxima sexta-feira, um sistema que
vai permitir aos deficientes auditivos acompanhar os espetáculos no Teatro Vivo, em São Paulo, com tradução simultânea em libras (Língua Brasileira de Sinais). A operadora instalou, em dez poltronas do teatro, monitores que irão reproduzir simultaneamente ao espetáculo as falas dos atores na
linguagem de sinais. "O teatro não restringe o acesso a nenhum público", afirma Hugo Janeba, vice-presidente executivo de marketing e inovação da operadora. Há também soluções para que pessoas com deficiência visual possam
acompanhar os espetáculos. "As ações fazem parte da nossa
estratégia."
ENERGIA
Governo de São Paulo e Petrobras assinam hoje protocolo
para instalar infra-estrutura
para produção de gás natural. O
encontro será no Palácio dos
Bandeirantes e será firmado
pela secretária de Saneamento
e Energia, Dilma Pena, e a diretora de gás e energia da Petrobras, Maria das Graças Silva
Foster. Os órgãos cuidarão em
conjunto da implantação da estrutura para o transporte de gás
no Estado, inclusive na futura
produção da bacia de Santos.
TRIBUTAÇÃO
A Confederação Nacional de
Serviços promove hoje o primeiro seminário Tributação e
Competitividade, em parceria
com a FGV-SP, com o apoio da
Amcham e do Etco. Participarão Guido Mantega (Fazenda),
Bernard Appy e outros.
Italiana adia investimento de R$ 10 mi em fábrica no Brasil
A multinacional italiana Faster, que fabrica conexões hidráulicas, planeja abrir, no Brasil, a sua primeira fábrica fora
da Itália, mas adia a construção
da unidade porque afirma que
ainda falta segurança para a
propriedade industrial dos seus
produtos.
A empresa entrou com ações
judiciais em que afirma que
uma empresa brasileira, a
Dynamics do Brasil comercializa um produto muito similar ao
seu, e isso acaba confundindo
os clientes da marca que importam o produto para o país,
segundo a Faster.
Roberto Zecchi, presidente
mundial da Faster, afirma que a
empresa deverá investir cerca
de R$ 10 milhões na unidade
brasileira.
"Nós queremos que o projeto
de começar a fabricar no Brasil
avance rapidamente, mas precisamos esperar que haja uma
definição clara sobre a proteção
à propriedade dos nossos produtos."
A Dynamics do Brasil nega
que as conexões hidráulicas feitas por ela sejam cópias do produto da companhia italiana
Faster. "Os produtos que a
Dynamics fabrica aqui no Brasil ou são de domínio público
ou são frutos dos seus pedidos
no Inpi (Instituto Nacional da
Propriedade Industrial)", afirma Valério Ramos, advogado
da empresa.
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