São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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MERCADO ABERTO

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Leo Caobelli
<
font size="-1">Hugo Janeba, vice-presidente executivo de marketing e inovação da Vivo

Faturamento do comércio já começa a desacelerar em SP e RJ

O faturamento do comércio já começou a se desacelerar em São Paulo e no Rio de Janeiro, de acordo com os dados das federações do comércio dos dois Estados.
Na região metropolitana de São Paulo, o faturamento do setor cresceu 2,1% em agosto sobre o mesmo mês do ano passado, de acordo com a Fecomercio SP. No mês de julho, o faturamento do comércio havia crescido 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Já no Estado do Rio de Janeiro, o faturamento real do comércio cresceu apenas 0,1% em relação a igual período do ano passado. Em julho, o crescimento tinha sido de 2,5% na mesma comparação. Segundo a entidade, o freio no crescimento foi provocado pela alta da taxa de juros e pela redução nos prazos de financiamento.
Segundo Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da consultoria GS & MD, os grandes varejistas ainda não enfrentam grandes restrições causadas pela turbulência internacional, embora essa seja uma tendência natural.
De acordo com Gouvêa de Souza, muitos varejistas possuem recursos próprios para financiar os clientes e conseguem manter a concessão de crédito, outros possuem parcerias com os bancos e apenas alguns tomam empréstimos bancários.
Altamiro Carvalho, assessor econômico da Fecomercio de São Paulo, argumenta que, no segundo semestre deste ano, a base de comparação vai ser muito elevada. Os índices de crescimento registrados no ano passado tiveram patamar bastante alto.
Christian Travassos, economista da Fecomércio do Rio de Janeiro, afirma que a desaceleração se deve ao aumento de juros no Brasil. "A desaceleração é um efeito direto do aumento dos juros que o Banco Central promove."
Tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, a expectativa é a de que o comércio se desacelere no segundo semestre em relação aos seis primeiros meses do ano.
Em ambos os Estados, as federações prevêem incremento de até 2% no segundo semestre deste ano. Entre janeiro e junho, o aumento registrado foi de 5% em São Paulo e de 2% no Rio de Janeiro.

INTERPRETAÇÃO

A Vivo vai lançar, na próxima sexta-feira, um sistema que vai permitir aos deficientes auditivos acompanhar os espetáculos no Teatro Vivo, em São Paulo, com tradução simultânea em libras (Língua Brasileira de Sinais). A operadora instalou, em dez poltronas do teatro, monitores que irão reproduzir simultaneamente ao espetáculo as falas dos atores na linguagem de sinais. "O teatro não restringe o acesso a nenhum público", afirma Hugo Janeba, vice-presidente executivo de marketing e inovação da operadora. Há também soluções para que pessoas com deficiência visual possam acompanhar os espetáculos. "As ações fazem parte da nossa estratégia."

ENERGIA
Governo de São Paulo e Petrobras assinam hoje protocolo para instalar infra-estrutura para produção de gás natural. O encontro será no Palácio dos Bandeirantes e será firmado pela secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena, e a diretora de gás e energia da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster. Os órgãos cuidarão em conjunto da implantação da estrutura para o transporte de gás no Estado, inclusive na futura produção da bacia de Santos.

TRIBUTAÇÃO
A Confederação Nacional de Serviços promove hoje o primeiro seminário Tributação e Competitividade, em parceria com a FGV-SP, com o apoio da Amcham e do Etco. Participarão Guido Mantega (Fazenda), Bernard Appy e outros.

Italiana adia investimento de R$ 10 mi em fábrica no Brasil

A multinacional italiana Faster, que fabrica conexões hidráulicas, planeja abrir, no Brasil, a sua primeira fábrica fora da Itália, mas adia a construção da unidade porque afirma que ainda falta segurança para a propriedade industrial dos seus produtos.
A empresa entrou com ações judiciais em que afirma que uma empresa brasileira, a Dynamics do Brasil comercializa um produto muito similar ao seu, e isso acaba confundindo os clientes da marca que importam o produto para o país, segundo a Faster.
Roberto Zecchi, presidente mundial da Faster, afirma que a empresa deverá investir cerca de R$ 10 milhões na unidade brasileira.
"Nós queremos que o projeto de começar a fabricar no Brasil avance rapidamente, mas precisamos esperar que haja uma definição clara sobre a proteção à propriedade dos nossos produtos."
A Dynamics do Brasil nega que as conexões hidráulicas feitas por ela sejam cópias do produto da companhia italiana Faster. "Os produtos que a Dynamics fabrica aqui no Brasil ou são de domínio público ou são frutos dos seus pedidos no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial)", afirma Valério Ramos, advogado da empresa.


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