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Tesouro dos EUA dá apoio e chama Brasil de "exemplar"
DA REPORTAGEM LOCAL
O Departamento do Tesouro
dos EUA saudou o Brasil pelo
anúncio do novo acordo com o
FMI (Fundo Monetário Internacional). Segundo o Tesouro, o
país cumpriu de maneira exemplar as metas do atual acordo.
Em nota divulgada ontem à noite, o Tesouro informa que apoiará
a aprovação do acordo quando
ele for à votação no conselho do
Fundo. Os EUA são os principais
acionistas do FMI.
"O Brasil fez um progresso notável ao recuperar a estabilidade
macroeconômica e reduzir vulnerabilidades. Seu desempenho sob
o programa do FMI tem sido
exemplar", diz a nota.
Mercado aprova
Os detalhes do novo acordo não
surpreenderam o mercado. Mas
um ponto que poderá desagradar
a economistas mais ortodoxos é a
compensação do maior superávit
fiscal primário por um esforço
mais modesto em 2004.
Para Júlio Gomes de Almeida,
diretor-executivo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), tudo indica
que o país não terá problemas para financiar o alto volume de dívidas que vencem em 2004. Mas,
por precaução, diz ele, o ideal seria uma "blindagem" maior.
"A princípio, não teremos problemas. Mas o tamanho da encrenca é grande: vencem cerca de
US$ 40 bilhões de dívidas privadas", afirma ele.
Segundo Alexandre Maia, economista-chefe da GAP Asset Management, o acordo não trouxe
nenhuma surpresa e é uma boa
notícia para o país. "Veio rigorosamente em linha com o que o
mercado esperava", afirma Maia.
O único ponto que desagradou
aos economistas mais ortodoxos
é a decisão de compensar o superávit fiscal primário que ultrapassará os 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto) acertados com o
FMI neste ano com uma meta ligeiramente menor em 2004.
Segundo Luís Eduardo Assis,
presidente do HSBC Investment
Bank, a renovação do programa
do país com o Fundo terá o papel
de gerar expectativas mais favoráveis. "A queda do risco-país é sinal de que isso contribui para melhorar a credibilidade do governo", afirma.
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