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Distribuidora eleva preço do álcool e da gasolina
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
As distribuidoras realizaram
ontem um novo aumento nos
preços dos combustíveis. A elevação no custo do álcool hidratado
para os postos revendedores foi
em média de 14%, enquanto a da
gasolina foi de 2,9%, segundo dados do Sincopetro (sindicato dos
postos de São Paulo).
O reajuste se deve ao aumento
do álcool no mercado agrícola,
que influencia o preço dos dois
combustíveis -a gasolina é composta por 25% de álcool.
Esse aumento se deve a questões relacionadas à safra da cana-de-açúcar, que está nos seus últimos meses, e à oferta e à demanda
no mercado interno.
"Diante disso, é esperado um
aumento proporcional dos preços
desses dois combustíveis nas
bombas nos próximos dias", diz a
nota divulgada pelo sindicato.
O reajuste vem se somar ao aumento promovido pela Petrobras
no último dia 14, de 4% para a gasolina e de 6% para o diesel. Nesse
caso, o motivo foi o preço do petróleo do mercado internacional.
Segundo dados da Fipe, esse aumento já se refletiu em uma alta
média de 2,83% nos postos de São
Paulo nas últimas semanas.
A expectativa agora para o consumidor é de um novo aumento
por conta da Petrobras. Na última
quinta-feira, a ministra de Minas
e Energia, Dilma Rousseff, afirmou que a estatal está "acelerando" o processo de decisão sobre o
aumento da gasolina, mas que
não há prazo para isso acontecer.
A Petrobras indica que deverá, na
próxima semana, concluir estudos sobre o mercado, o que servirá de base para definir o tamanho
do reajuste.
Álcool
Segundo a Unica (União da
Agroindústria Canavieira de São
Paulo), embora os valores do álcool estejam em alta, os preços ao
consumidor continuam competitivos, ao redor de 55% do valor da
gasolina, no caso de São Paulo.
De acordo com dados da Esalq/
USP, o preço do álcool hidratado
passou de R$ 0,34 por litro em
março para R$ 0,826 por litro na
última semana de outubro
-uma variação de 1,83% somente em relação à semana anterior.
A colheita de álcool é sazonal,
realizada em seis meses para atender à demanda ao longo do ano.
Além disso, a ausência de estoques reguladores causa alta volatilidade de preços. As distribuidoras, por exemplo, compram álcool para garantir o abastecimento de, no máximo, sete dias.
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