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LEÃO GULOSO
Veiculação começa hoje
Lançada campanha contra altos impostos
DA REPORTAGEM LOCAL
Começa hoje mais uma campanha contra a alta carga tributária
existente no país. A OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo), o Sescon/SP (Sindicato das Empresas de Serviços
Contábeis) e a Fecomercio (Federação do Comércio) lançam a
campanha "A Excessiva Carga
Tributária".
A veiculação da campanha será
feita por meio de cem outdoors
espalhados pela cidade e através
da mídia eletrônica (redes Globo
e Record), durante este mês e em
dezembro.
Um desses outdoors tem os seguintes dizeres: "CPMF, IPI, PIS,
Cofins, ICMS, CSLL, IPTU, IR,
IPVA, ISS, Cide, IOF. Falta só
criar o FIM. Carga Tributária.
Chega de Abuso".
"A campanha quer evidenciar o
peso da carga tributária no Brasil
e o fato de que a taxação constitui
um abuso contra os cidadãos,
com o aumento continuado das
alíquotas, a criação de novos impostos nas três esferas governamentais, a falta de correção da tabela do Imposto de Renda das
pessoas físicas e uma infinidade
de outros exemplos", afirma o
presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.
O presidente do Sescon, Antonio Marangon, diz que está na hora de o governo atentar para a esmagadora carga tributária que está sufocando as empresas, impedindo a geração de empregos e,
conseqüentemente, o desenvolvimento do país".
Para Borges D'Urso, o peso da
tributação, equivalente a quase
40% do PIB, está insuportável, levando uma parcela da população
à desobediência civil.
Segundo ele, trocam-se governos mas a voracidade decorrente
da incidência de uma pesada carga tributária permanece inalterada. Entre 1998-2003, houve um
aumento surpreendente na arrecadação de tributos, em nível nacional, que passou de R$ 271,8 bilhões para R$ 473,8 bilhões, sendo
que o governo federal abocanhou
uma fatia equivalente a quase
70% desse bolo, os governos estaduais ficaram com cerca de 26% e
os municipais com cerca de 4%.
O mais recente estudo do IBPT
(Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) sobre o assunto mostrou que a carga tributária
chegou a 38,11% do PIB (Produto
Interno Bruto) no primeiro semestre deste ano.
Nesse período, os contribuintes
deixaram R$ 311,28 bilhões nos
cofres dos três níveis de governo.
Para ter idéia do que isso significa,
é pago R$ 1,71 bilhão por dia (foram 182 dias no primeiro semestre), R$ 71,26 milhões por hora,
R$ 1,188 milhão por minuto ou R$
19,8 mil por segundo.
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