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Autônomos podem pagar menos ao INSS
Alíquota cairia de 20% para 11%, segundo regra incluída na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que vai ao Senado nesta semana
Contribuição mínima seria
reduzida de R$ 70 para
R$ 38,50; para se enquadrar,
trabalhador não pode
ter registro em carteira
Adriano Machado - 19.jul.06/Folha Imagem
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O ministro da Previdência Social, Nelson Machado, em Brasília |
ELLEN NOGUEIRA
DO "AGORA", ENVIADA
ESPECIAL A BRASÍLIA
A promessa de baixar a alíquota da contribuição ao INSS
para os trabalhadores autônomos, hoje em 20%, vem desde
2003, mas agora parece que vai
sair do papel.
Sem alarde, o governo incluiu na Lei Geral das Micro e
Pequenas Empresas uma regra
que reduz a contribuição desses trabalhadores para 11% sobre o rendimento mensal. O
projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e deve ser
votado com urgência pelo Senado -amanhã, a Casa já retoma as votações.
A queda da alíquota deverá
fazer mais trabalhadores contribuírem para a Previdência
Social, espera o governo. Isso
aumentaria a arrecadação. "Temos hoje mais de 70 milhões de
trabalhadores entre 16 e 59
anos de idade, dos quais 28 milhões estão fora do sistema.
Desses 28 milhões, 14 milhões
ganham mais do que um salário
mínimo [R$ 350]. Então, eles
podem contribuir para o INSS",
disse o ministro da Previdência
Social, Nelson Machado.
Segundo ele, a medida já será
colocada em prática assim que
o Senado aprovar o projeto. "A
lei está na pauta para ser aprovada pelo Senado nos próximos
dias. Se for aprovada, entra em
vigor imediatamente", afirmou
o ministro.
Ele explicou como é e como
seria a sistemática. "Se o trabalhador informal, o que trabalha
por conta própria, como o camelô, fizer uma contribuição
hoje, ela é de 20%. Se você imagina que o salário é de R$ 350,
20% é muito. Será criada uma
nova categoria de segurado,
que não terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição, só por idade, mas que pagará alíquota de 11%", disse.
Com a mudança, a contribuição mínima de um autônomo,
com base no salário mínimo de
R$ 350, cairá de R$ 70 para R$
38,50. Já a maior, com base no
teto do INSS, de R$ 2.801,82,
diminuiria de R$ 560,36 para
R$ 308,20 -nesse caso, é a
mesma que é paga por um trabalhador registrado.
Condições
Para pagar alíquota menor, o
trabalhador não pode ter registro em carteira, ou seja, deve
trabalhar por conta própria.
É importante salientar que,
se as regras passarem no Congresso, só haverá aposentadoria por idade (60 anos para mulher e 65 para homens) no caso
desse tipo de contribuição.
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