São Paulo, segunda-feira, 06 de novembro de 2006

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Investidor foca atenção em índices de preços

Fipe divulga hoje o IPC de outubro; IPCA sai na sexta

DA REPORTAGEM LOCAL

A divulgação de diferentes índices de preços nacionais (IPC, IPCA e IGP-DI) deve ser o principal foco das atenções dos investidores brasileiros durante esta semana.
A agenda externa de eventos econômicos será bem branda nos próximos dias.
Hoje, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulga o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de outubro. A expectativa do mercado é que a taxa a ser divulgada fique em torno de 0,32%.
No dia seguinte, o mercado conhecerá o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna). Em setembro, a Fundação Getulio Vargas informou que o indicador ficou em 0,24%.
Como ainda falta uma reunião do Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) para ocorrer neste ano, os números do IPCA, que serão divulgados pelo IBGE na sexta-feira, podem agitar o mercado futuro de juros.
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é o índice utilizado pela autoridade monetária para monitorar a meta oficial de inflação.
Por enquanto, o mercado está dividido em relação à última reunião do Copom do ano, que ocorrerá no fim deste mês. Uma parcela aposta na possibilidade de a taxa ser cortada em 0,50 ponto percentual. Outra parte dos investidores espera por uma redução de 0,25 ponto percentual.
A taxa básica da economia brasileira, a Selic, está em 13,75% anuais.
A expectativa do mercado é que o IPCA de outubro apresente uma elevação ao redor de 0,30%.

Empresas
Dos Estados Unidos, a divulgação dos dados de vendas no atacado, na quinta-feira, pode ter algum impacto mais forte no mercado. Isso porque o indicador pode dar sinais sobre o nível de aquecimento econômico norte-americano.
"A semana é de poucos dados relevantes na agenda econômica americana, aumentando a relevância dos resultados corporativos, tanto aqui no Brasil como lá nos EUA", diz Julio Martins, diretor da Prosper Gestão de Recursos.
Hoje, o Bradesco, maior banco privado do país, apresentará os seus resultados referentes ao terceiro trimestre.
"A divulgação pelas empresas de resultados que sigam superando as expectativas do mercado e, principalmente, os sinais sobre os futuros resultados devem definir o comportamento dos ativos no curto prazo", diz Martins.

Tranqüilidade
Na semana passada, a Bolsa de Valores de São Paulo registrou valorização de 2,81%.
O dólar teve ligeira alta de 0,14% na última semana, encerrando a sexta-feira vendido a R$ 2,14.
O risco-país brasileiro pouco oscilou na semana passada. O indicador medido pelo banco americano JP Morgan chegou ao fim dos negócios de sexta-feira aos 213 pontos.
"Os mercados domésticos reagiram positivamente à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tiveram uma semana de relativa tranqüilidade, descolando um pouco dos mercados internacionais. Alguma ansiedade foi observada no início da semana, em meio a especulações sobre possíveis mudanças na equipe econômica", avaliou, em boletim, a LCA Consultores.
Com a Bovespa iniciando a semana acima dos 40 mil pontos -nível que não atingia desde maio-, o mercado acionário local pode encontrar alguma dificuldade para seguir em alta nos próximos dias.


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