São Paulo, terça-feira, 06 de novembro de 2007

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Alimento sobe menos, e Fipe prevê inflação menor em SP

Instituto revisa projeção para o ano de 4,1% para 3,6%

DEISE DE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE

A dois meses de encerrar o ano, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) reduziu a projeção de inflação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) para 2007 de 4,1% para 3,6%. Nas últimas estimativas, a previsão oscilou entre 4,1% e 4,2%.
O corte mais brusco, segundo o coordenador da pesquisa, Márcio Nakane, deve-se à inflação menor que o esperado em outubro e ao melhor cenário para novembro e dezembro. A estimativa da Fipe está mais otimista até que a divulgada pelo boletim Focus (3,8%).
Com a previsão da Fipe de 3,6%, a estimativa de inflação na cidade de São Paulo para novembro é de 0,21%, e de 0,3% a 0,35% para dezembro. O IPC fechou outubro em 0,08%. Das sete categorias pesquisadas, seis registraram desaceleração -a exceção foi o grupo saúde, com alta de 0,46%.
Habitação e alimentação foram os que mais ajudaram a desacelerar o índice em outubro. Em habitação, pesou a menor incidência de PIS, Pasep e Cofins sobre a energia, cujos preços caíram 3,9%. Quanto à alimentação, a alta foi de 0,24%, ante 0,68% em setembro.
Segundo Nakane, a variação em outubro é a menor desde a segunda prévia do mês de maio -quando o grupo alimentação assumiu a liderança das maiores altas de preço entre os grupos, perdida só no mês passado para o item saúde. O leite longa vida foi determinante para a desaceleração de alimentação, segundo Nakane.
"O leite longa vida abriu o ano a R$ 1,50 e em abril começou uma escalada. O pico ocorreu no final de junho, a R$ 2,35, e então começou a cair. Hoje, o preço médio é de R$ 1,80."
A variação do preço do leite longa vida registrada em junho, de 15,65%, foi a maior desde julho de 2000, segundo Nakane. A queda de 14,44% em outubro, por outro lado, foi a maior desde que o item passou a integrar a série (em 1994).

Cesta básica
O preço da cesta básica, que inclui gêneros alimentícios de primeira necessidade, caiu em cinco das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em outubro. Todas as localidades em que foram registradas quedas ficam no Nordeste.
Porto Alegre, onde a cesta custou R$ 213,97, São Paulo (R$ 201,25) e Rio de Janeiro (R$ 194,27) continuaram a ser as capitais mais caras -em todas a alta superou 3%. Na outra ponta, os menores valores foram verificados em Recife, João Pessoa e Fortaleza.


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