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Alimento sobe menos, e Fipe
prevê inflação menor em SP
Instituto revisa projeção para o ano de 4,1% para 3,6%
DEISE DE OLIVEIRA
DA FOLHA ONLINE
A dois meses de encerrar o
ano, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
reduziu a projeção de inflação
do IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) para 2007 de
4,1% para 3,6%. Nas últimas estimativas, a previsão oscilou
entre 4,1% e 4,2%.
O corte mais brusco, segundo
o coordenador da pesquisa,
Márcio Nakane, deve-se à inflação menor que o esperado em
outubro e ao melhor cenário
para novembro e dezembro. A
estimativa da Fipe está mais
otimista até que a divulgada pelo boletim Focus (3,8%).
Com a previsão da Fipe de
3,6%, a estimativa de inflação
na cidade de São Paulo para novembro é de 0,21%, e de 0,3% a
0,35% para dezembro. O IPC
fechou outubro em 0,08%. Das
sete categorias pesquisadas,
seis registraram desaceleração
-a exceção foi o grupo saúde,
com alta de 0,46%.
Habitação e alimentação foram os que mais ajudaram a desacelerar o índice em outubro.
Em habitação, pesou a menor
incidência de PIS, Pasep e Cofins sobre a energia, cujos preços caíram 3,9%. Quanto à alimentação, a alta foi de 0,24%,
ante 0,68% em setembro.
Segundo Nakane, a variação
em outubro é a menor desde a
segunda prévia do mês de maio
-quando o grupo alimentação
assumiu a liderança das maiores altas de preço entre os grupos, perdida só no mês passado
para o item saúde. O leite longa
vida foi determinante para a
desaceleração de alimentação,
segundo Nakane.
"O leite longa vida abriu o
ano a R$ 1,50 e em abril começou uma escalada. O pico ocorreu no final de junho, a R$ 2,35,
e então começou a cair. Hoje, o
preço médio é de R$ 1,80."
A variação do preço do leite
longa vida registrada em junho,
de 15,65%, foi a maior desde julho de 2000, segundo Nakane.
A queda de 14,44% em outubro,
por outro lado, foi a maior desde que o item passou a integrar
a série (em 1994).
Cesta básica
O preço da cesta básica, que
inclui gêneros alimentícios de
primeira necessidade, caiu em
cinco das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento
Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos) em
outubro. Todas as localidades
em que foram registradas quedas ficam no Nordeste.
Porto Alegre, onde a cesta
custou R$ 213,97, São Paulo
(R$ 201,25) e Rio de Janeiro
(R$ 194,27) continuaram a ser
as capitais mais caras -em todas a alta superou 3%. Na outra
ponta, os menores valores foram verificados em Recife,
João Pessoa e Fortaleza.
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