DA SUCURSAL DO RIO

Pelas previsões do Credit Suisse, a promessa do presidente Lula de crescimento superior a 5% em 2007 está cada vez mais distante. O banco estima expansão de 3% no próximo ano, aceleração gradual ante os 2,7% projetados para 2006.
Para o banco, o cenário é efeito do câmbio, que reduz a competitividade das exportações e estimula importações. A expectativa do Credit Suisse é de que, em 2007, o impacto das importações se amplie, com a redução do saldo comercial da estimativa de US$ 45 bilhões em 2006 para US$ 38,4 bilhões em 2007. Em 2008, o crescimento dependerá só do consumo doméstico , já que as exportações terão impacto nulo no PIB.
"A nossa projeção é bastante realista, para não dizer que é até um pouco otimista. Não há nenhuma mudança estrutural que justifique o crescimento saltar de um patamar de 2,5% para 5% em apenas um ano", disse Nilson Teixeira, economista-chefe do Credit Suisse.
Por outro, o câmbio mantém as expectativas de inflação abaixo da meta do governo. Para 2006, as projeções do banco apontam IPCA de 3,2% -neste ano, deve fechar em 3%. O dólar deve se manter nos dois próximos anos entre R$ 2,10 e R$ 2,20. (PEDRO SOARES)


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