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MERCADO FINANCEIRO
Furnas anuncia emissão de R$ 250 milhões; outras empresas também devem colocar títulos à venda
Queda do risco estimula novas captações
DA REPORTAGEM LOCAL
A combinação entre risco-país
em queda e juros internacionais
bastante baixos deverá contribuir
para uma nova onda de captações
de empresas brasileiras neste primeiro trimestre. Analistas esperam que a emissão de papéis privados no mercado interno também ganhe novo ânimo.
O mercado aguarda ainda para
esta semana o fechamento de
uma operação de captação da Telemig Celular Participações, que
envolveria cerca de US$ 100 milhões em bônus de cinco anos.
Circulava no mercado ainda a
informação de que a Vale do Rio
Doce esteve consultando bancos
para realizar uma operação de
US$ 300 milhões. A operação seria de longo prazo, podendo alcançar os 30 anos. Apesar de não
confirmar, a empresa informou,
por meio da assessoria de imprensa, que está sempre "analisando janelas de oportunidade".
"Há um excesso de liquidez
considerável no mercado, com taxas de juros muito baixas. As taxas de médio e longo prazo também começam a ficar atrativas.
Com isso, acho que começarão a
surgir emissões mais longas", diz
Ernesto Meyer, vice-presidente
do BNP Paribas.
Segundo Meyer, até agora, o
mercado de emissões de prazos
mais longos estava aberto praticamente apenas para empresas exportadoras. Agora, começa a oferecer essas linhas para as demais
companhias de grande porte.
De acordo com analistas, as empresas dos setores de siderurgia,
alimentos e bebidas são as que
mais têm procurado as instituições financeiras nesse início de
ano.
Ontem a Furnas Centrais Elétricas anunciou que fará uma emissão de R$ 250 milhões que será
organizada pelo Bradesco.
Se por um lado as empresas brasileiras tentam aproveitar o momento favorável para levantar recursos lá fora, por outro existe interesse de investidores estrangeiros em aplicar recursos no país.
Segundo o diretor de um banco
estrangeiro, investidores e banqueiros de fora têm procurado as
instituições que atuam no Brasil
para oferecer linhas de crédito.
A dúvida de analistas é se essa
maré de excesso de recursos disponíveis para empresas brasileiras vai durar quando ocorrer o esperado aumento de juros nos
EUA. A tendência é que parte desse dinheiro migre para aplicações
em renda fixa norte-americana.
(ÉRICA FRAGA E FABRICIO VIEIRA)
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