São Paulo, quinta-feira, 07 de janeiro de 2010

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Bolsa de SP sobe 0,7% e se aproxima dos 71 mil pontos

Giro fica acima da média; rumor faz ação da Parmalat disparar

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Se o dia não foi muito animado, ao menos a Bovespa conseguiu se manter em rota de alta, acima dos 70 mil pontos. O mercado esteve atento a alguns dados econômicos norte-americanos, que vieram positivos, mas não chegaram a ser muito empolgantes. A Bolsa de Valores de São Paulo registrou valorização de 0,70% e encerrou com 70.729 pontos.
Em Wall Street, os investidores também foram às compras, mas com resultado menos intenso: o índice acionário Dow Jones teve leve alta de 0,02%.
Dois indicadores importantes referentes a dezembro estiveram na agenda econômica americana de ontem. Um foi o índice do instituto ISM, destinado a registrar o desempenho do setor de serviços americano, que mostrou expansão no mês passado. O outro indicador foi o que mede os dados de emprego no setor privado dos EUA, que apontou desaceleração na destruição de postos de trabalho, segundo a ADP.
A pesquisa da ADP mostrou que em dezembro houve a perda de 84 mil empregos no setor privado americano, a menor cifra registrada desde março de 2008. Agora o mercado espera pelo relatório de emprego de dezembro, a ser divulgado na sexta-feira.
Altas tímidas também marcaram os pregões na Europa, onde a Bolsa de Londres subiu 0,14%, e a de Frankfurt, 0,04%.
Apesar do resultado não tão expressivo, o volume negociado na Bovespa manteve-se elevado. Ontem, foram negociados R$ 7,19 bilhões em ações -montante 36% superior à média diária de 2009.
O Ibovespa manteve-se em terreno positivo durante quase todo o pregão, tendo alcançado alta de 0,99% na máxima do dia, quando atingiu 70.936 pontos. Ações de variados segmentos estiveram na lista das maiores altas e sustentaram o índice Ibovespa.
No topo dos ganhos ficou MMX Mineração ON, que subiu 4,45%. O papel foi seguido por BMF&Bovespa ON, que subiu 3,76%, CCR Rodovias ON, com elevação de 3,32%, e Duratex ON, que teve alta de 2,76%.
A apreciação do petróleo e das commodities metálicas também teve repercussão sobre a Bovespa, pois ajudou a garantir a alta das ações mais negociadas do mercado doméstico. O papel preferencial da Petrobras terminou o pregão com valorização de 1,35%. Para a ação preferencial "A" da Vale, a alta ontem foi de 1,97%. Os dois papéis concentraram 23% da movimentação do pregão.
O petróleo encerrou a US$ 83,18 em Nova York, com o barril do produto 1,72% mais caro.
Fora do Ibovespa, voltaram a chamar a atenção os papéis da Laep, controladora da Parmalat, que subiram 19,23%. Rumores de que a empresa poderia ser vendida para o grupo JBS têm atraído compradores para os papéis da Laep.
Entre as baixas do pregão apareceu o papel da Embraer, que sofreu recuo de 0,41%. Os investidores reagiram à decisão do JPMorgan de reduzir sua recomendação para os papéis da empresa, de "neutro" para "abaixo da média" do mercado.

Câmbio
No mercado de câmbio, a moeda ignorou a escalada da Bolsa. O dólar terminou cotado a R$ 1,739, com apreciação de 0,46% diante do real.
Após a queda de mais de 25% sofrida pela moeda norte-americana em 2009, os investidores demonstram esperar menos emoção para o câmbio neste ano. A pesquisa Focus, feita pelo BC com os bancos, mostrou que a expectativa é a de que o dólar esteja a R$ 1,75 no fim de 2010, muito próximo de sua atual cotação.


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