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Bolsa de SP sobe 0,7% e se aproxima dos 71 mil pontos
Giro fica acima da média; rumor faz ação da Parmalat disparar
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o dia não foi muito animado, ao menos a Bovespa conseguiu se manter em rota de alta,
acima dos 70 mil pontos. O
mercado esteve atento a alguns
dados econômicos norte-americanos, que vieram positivos,
mas não chegaram a ser muito
empolgantes. A Bolsa de Valores de São Paulo registrou valorização de 0,70% e encerrou
com 70.729 pontos.
Em Wall Street, os investidores também foram às compras,
mas com resultado menos intenso: o índice acionário Dow
Jones teve leve alta de 0,02%.
Dois indicadores importantes referentes a dezembro estiveram na agenda econômica
americana de ontem. Um foi o
índice do instituto ISM, destinado a registrar o desempenho
do setor de serviços americano,
que mostrou expansão no mês
passado. O outro indicador foi o
que mede os dados de emprego
no setor privado dos EUA, que
apontou desaceleração na destruição de postos de trabalho,
segundo a ADP.
A pesquisa da ADP mostrou
que em dezembro houve a perda de 84 mil empregos no setor
privado americano, a menor cifra registrada desde março de
2008. Agora o mercado espera
pelo relatório de emprego de
dezembro, a ser divulgado na
sexta-feira.
Altas tímidas também marcaram os pregões na Europa,
onde a Bolsa de Londres subiu
0,14%, e a de Frankfurt, 0,04%.
Apesar do resultado não tão
expressivo, o volume negociado na Bovespa manteve-se elevado. Ontem, foram negociados R$ 7,19 bilhões em ações
-montante 36% superior à
média diária de 2009.
O Ibovespa manteve-se em
terreno positivo durante quase
todo o pregão, tendo alcançado
alta de 0,99% na máxima do
dia, quando atingiu 70.936
pontos. Ações de variados segmentos estiveram na lista das
maiores altas e sustentaram o
índice Ibovespa.
No topo dos ganhos ficou
MMX Mineração ON, que subiu 4,45%. O papel foi seguido
por BMF&Bovespa ON, que subiu 3,76%, CCR Rodovias ON,
com elevação de 3,32%, e Duratex ON, que teve alta de 2,76%.
A apreciação do petróleo e
das commodities metálicas
também teve repercussão sobre a Bovespa, pois ajudou a garantir a alta das ações mais negociadas do mercado doméstico. O papel preferencial da Petrobras terminou o pregão com
valorização de 1,35%. Para a
ação preferencial "A" da Vale, a
alta ontem foi de 1,97%. Os dois
papéis concentraram 23% da
movimentação do pregão.
O petróleo encerrou a US$
83,18 em Nova York, com o barril do produto 1,72% mais caro.
Fora do Ibovespa, voltaram a
chamar a atenção os papéis da
Laep, controladora da Parmalat, que subiram 19,23%. Rumores de que a empresa poderia ser vendida para o grupo
JBS têm atraído compradores
para os papéis da Laep.
Entre as baixas do pregão
apareceu o papel da Embraer,
que sofreu recuo de 0,41%. Os
investidores reagiram à decisão
do JPMorgan de reduzir sua recomendação para os papéis da
empresa, de "neutro" para
"abaixo da média" do mercado.
Câmbio
No mercado de câmbio, a
moeda ignorou a escalada da
Bolsa. O dólar terminou cotado
a R$ 1,739, com apreciação de
0,46% diante do real.
Após a queda de mais de 25%
sofrida pela moeda norte-americana em 2009, os investidores demonstram esperar menos emoção para o câmbio neste ano. A pesquisa Focus, feita
pelo BC com os bancos, mostrou que a expectativa é a de
que o dólar esteja a R$ 1,75 no
fim de 2010, muito próximo de
sua atual cotação.
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