São Paulo, quinta, 7 de janeiro de 1999

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Sindicalistas querem ação do governo no impasse

da Reportagem Local

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, quer envolver o governo nas negociações para evitar as demissões na Ford, que representam 41% do efetivo da fábrica.
"O governo tem que anunciar medidas para que a produção seja retomada", disse o sindicalista.
Entre elas, citou, estão a redução de impostos sobre os automóveis (IPI e ICMS) e a queda significativa das taxas de juros.
Marinho entrou em contato com autoridades na tentativa de aumentar a pressão sobre o governo para que aconteça uma sinalização positiva para as empresas.
"A Ford acredita que o mercado de automóveis em 99 vai ser de 1,4 milhão de unidades, mas podemos produzir 1,75 milhão se o governo federal for envolvido", disse.
Marinho afirmou que está procurando o vice-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para ampliar a pressão sobre a política econômica do governo federal, com a participação de parlamentares e ministros paulistas.
O sindicalista também conversou ao telefone com o novo ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, com a mesma intenção.
Segundo Marinho, um encontro entre os dois deve acontecer na próxima segunda-feira, apesar de o ministro ter descartado interferir nas negociações com a Ford.
Marinho e o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Heiguiberto Navarro, o Guiba, vão hoje a Porto Alegre (RS) para um encontro com o governador Olívio Dutra (PT).
Os sindicalistas querem conhecer os detalhes dos incentivos fiscais dados à Ford pelo governo do Estado para a construção da fábrica de Guaíba, que entra em operação em 2002. (ME)



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