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Sindicalistas querem ação do governo no impasse
da Reportagem Local
O presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, quer envolver o governo nas
negociações para evitar as demissões na Ford, que representam
41% do efetivo da fábrica.
"O governo tem que anunciar
medidas para que a produção seja
retomada", disse o sindicalista.
Entre elas, citou, estão a redução
de impostos sobre os automóveis
(IPI e ICMS) e a queda significativa
das taxas de juros.
Marinho entrou em contato com
autoridades na tentativa de aumentar a pressão sobre o governo
para que aconteça uma sinalização
positiva para as empresas.
"A Ford acredita que o mercado
de automóveis em 99 vai ser de 1,4
milhão de unidades, mas podemos
produzir 1,75 milhão se o governo
federal for envolvido", disse.
Marinho afirmou que está procurando o vice-governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin, para ampliar a pressão sobre a política econômica do governo federal, com a
participação de parlamentares e
ministros paulistas.
O sindicalista também conversou ao telefone com o novo ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, com a mesma intenção.
Segundo Marinho, um encontro
entre os dois deve acontecer na
próxima segunda-feira, apesar de
o ministro ter descartado interferir
nas negociações com a Ford.
Marinho e o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Heiguiberto Navarro,
o Guiba, vão hoje a Porto Alegre
(RS) para um encontro com o governador Olívio Dutra (PT).
Os sindicalistas querem conhecer os detalhes dos incentivos fiscais dados à Ford pelo governo do
Estado para a construção da fábrica de Guaíba, que entra em operação em 2002.
(ME)
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