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Bolsas dos EUA têm dia volátil e fecham em baixa
DA REDAÇÃO
As Bolsas americanas voltaram a se desvalorizar ontem,
um dia após o pior pregão em
quase um ano. E, como aconteceu anteontem, as declarações
de um dirigente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos
Estados Unidos) contribuíram
para as perdas.
Os mercados abriram em alta
de quase 1%, com dados da produtividade do setor industrial e
resultados de empresas como
Time Warner e Walt Disney
animando os investidores. No
meio da tarde, no entanto, eles
começaram a cair, com o temor
de estagflação (inflação alta e
crescimento baixo), que teve
origem em discurso do presidente do Fed da Filadélfia,
Charles Plosser. O índice Dow
Jones, da Bolsa de Nova York,
fechou em queda de 0,53%, e o
S&P 500 caiu 0,76%. A Nasdaq,
que reúne empresas de tecnologia, se desvalorizou em 1,33%.
Plosser disse que a desaceleração da economia americana é
uma grande preocupação, mas
que o BC dos EUA não pode esquecer da sua outra obrigação,
que é a estabilidade dos preços.
Plosser votou a favor do corte
na taxa de juros na última reunião do Fed, mas é conhecido
por não ser muito favorável à
medida. Ainda assim, suas declarações foram apontadas como o motivo da queda.
Anteontem, os comentários
do presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, também
despertaram medos de estagflação e colaboraram para que o
Dow Jones tivesse o seu pior
dia desde 27 de fevereiro do ano
passado, na época da turbulência nos mercados da China.
O BC dos EUA reduziu os juros duas vezes no mês passado,
e o Merrill Lynch disse anteontem que é grande a chance de
um corte emergencial antes da
reunião de 18 de março.
Até os comentários de Plosser, as Bolsas estavam positivas, com os dados da produtividade do trabalhador nos Estados Unidos crescendo mais que
o previsto no quarto trimestre
de 2007. O índice avançou 1,8%
nos últimos três meses do ano
passado, se desacelerando em
relação aos 6% do trimestre anterior, mas superando a estimativa de analistas.
Na Europa, onde os mercados deixaram de operar antes
das declarações do dirigente do
Fed, os pregões foram de recuperação das fortes perdas do
dia anterior. A Bolsa de Frankfurt terminou com alta de
1,22%, e a de Paris subiu 0,83%.
A de Londres avançou 0,13%.
Já na América Latina, ontem
foi mais um dia de perdas. No
México, a Bolsa se desvalorizou
em 0,56% e, na Argentina, o
Merval caiu 0,74%.
Os mercados asiáticos, que
fecharam antes da abertura das
Bolsas americanas, tiveram
quedas expressivas, com as
Bolsas reagindo às perdas nos
EUA e na Europa do dia anterior. O índice Nikkei, da Bolsa
de Tóquio, caiu 4,7%, e o da de
Hong Kong retrocedeu 5,4%.
Boa parte das Bolsas da Ásia,
como é o caso da de Xangai
(China) só volta a funcionar na
semana que vem, devido ao feriado do Ano Novo Lunar.
Com agências internacionais
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