São Paulo, sábado, 07 de fevereiro de 2009

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Exportação de aço brasileiro não será afetada, diz instituto

AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

O IBS (Instituto Brasileiro de Siderurgia) avalia que a exportação de aço do Brasil para os EUA não deve ser afetada com o pacote bilionário de ajuda a economia americana. "As informações indicam que não há nenhuma medida de bloqueio das importações, mas algumas regras para compra de aço dentro do mercado americano com recursos do pacote", disse Marco Polo de Mello Lopes, vice-presidente do instituto.
Segundo ele, a posição do governo e do Congresso norte-americano é legítima e busca incentivar a produção local. Como o Brasil exporta basicamente aço semi-acabado, o parque siderúrgico dos Estados Unidos tende, avalia Lopes, a continuar comprando para reprocessá-lo. "As indicações que temos são as de que a medida não deve afetar o Brasil."
A primeira avaliação da cláusula "Compre América" era a de que isso significaria restrições a aquisição de aço produzido fora do território americano. A regra teria sido flexibilizada por uma emenda aprovada no Senado a partir da qual ficavam livres da suposta restrição países com os quais dos EUA possuem acordos comerciais, como México, Canadá e nações da União Europeia.
O IBS havia informado que avaliaria o texto final do pacote e, se necessário, proporia ao governo brasileiro queixa contra os EUA na OMC (Organização Mundial do Comércio). O Brasil exporta cerca de US$ 1 bilhão em aço para os Estados Unidos, a maior parte produtos semi-acabados. Os Estados Unidos são hoje o primeiro cliente externo brasileiro.


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