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Exportação de aço brasileiro não será afetada, diz instituto
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
O IBS (Instituto Brasileiro de
Siderurgia) avalia que a exportação de aço do Brasil para os
EUA não deve ser afetada com
o pacote bilionário de ajuda a
economia americana. "As informações indicam que não há
nenhuma medida de bloqueio
das importações, mas algumas
regras para compra de aço dentro do mercado americano com
recursos do pacote", disse Marco Polo de Mello Lopes, vice-presidente do instituto.
Segundo ele, a posição do governo e do Congresso norte-americano é legítima e busca
incentivar a produção local.
Como o Brasil exporta basicamente aço semi-acabado, o parque siderúrgico dos Estados
Unidos tende, avalia Lopes, a
continuar comprando para reprocessá-lo. "As indicações que
temos são as de que a medida
não deve afetar o Brasil."
A primeira avaliação da cláusula "Compre América" era a
de que isso significaria restrições a aquisição de aço produzido fora do território americano. A regra teria sido flexibilizada por uma emenda aprovada no Senado a partir da qual ficavam livres da suposta restrição países com os quais dos
EUA possuem acordos comerciais, como México, Canadá e
nações da União Europeia.
O IBS havia informado que
avaliaria o texto final do pacote
e, se necessário, proporia ao governo brasileiro queixa contra
os EUA na OMC (Organização
Mundial do Comércio). O Brasil exporta cerca de US$ 1 bilhão em aço para os Estados
Unidos, a maior parte produtos
semi-acabados. Os Estados
Unidos são hoje o primeiro
cliente externo brasileiro.
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