São Paulo, quarta-feira, 07 de março de 2007

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Gestor estrangeiro mantém sua aposta em emergente e diz que instabilidade prossegue

DA REPORTAGEM LOCAL

A instabilidade nos mercados financeiros é apenas uma correção. Ela não acabou, pode durar algumas semanas ou até meses, mas tampouco será forte o suficiente para reverter a tendência de valorização de ativos que começou em 2003.
A avaliação é de Mark Mobius, da Templeton Asset Management, empresa de gestão de recursos que administra mais de US$ 590 bilhões em todo o mundo. Mobius, responsável pelos investimentos em países emergentes, administra cerca de US$ 30 bilhões.
Ele diz que a "correção" em curso é um fenômeno saudável, que alerta os investidores para a existência de riscos que eles podem estar subestimando. "Muitas pessoas não estão mensurando adequadamente os riscos", diz Mobius, para quem o ajuste na China era previsível porque as ações por lá estariam supervalorizadas.
No caso da maioria dos mercados emergentes, aponta Mobius, uma série de indicadores, como a relação entre o preço das ações e os lucros das empresas, são muito menores nesses países. Ou seja, eles poderiam subir um pouco mais.
Apesar de assumir que a diferença dos preços de ações do mundo rico e dos países em desenvolvimento tem diminuído, ele ainda enxerga motivos para acreditar que há muitas oportunidades de investimento no mundo emergente.
"Se esses mercados são os que mais crescem, por que os preços não deveriam ser maiores?", indaga.

Brasil
No Brasil, diz ele, a Templeton procura por investimentos em setores que produzem matérias-primas e no setor financeiro. Os motivos, os primeiros devem continuar sendo beneficiados pela procura alta do mundo pelos seus produtos. O setor financeiro, diz, terá desempenho bom à medida que a economia cresça.


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