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Gestor estrangeiro mantém sua aposta em emergente e diz que instabilidade prossegue
DA REPORTAGEM LOCAL
A instabilidade nos mercados
financeiros é apenas uma correção. Ela não acabou, pode durar algumas semanas ou até
meses, mas tampouco será forte o suficiente para reverter a
tendência de valorização de ativos que começou em 2003.
A avaliação é de Mark Mobius, da Templeton Asset Management, empresa de gestão
de recursos que administra
mais de US$ 590 bilhões em todo o mundo. Mobius, responsável pelos investimentos em países emergentes, administra
cerca de US$ 30 bilhões.
Ele diz que a "correção" em
curso é um fenômeno saudável,
que alerta os investidores para
a existência de riscos que eles
podem estar subestimando.
"Muitas pessoas não estão
mensurando adequadamente
os riscos", diz Mobius, para
quem o ajuste na China era previsível porque as ações por lá
estariam supervalorizadas.
No caso da maioria dos mercados emergentes, aponta Mobius, uma série de indicadores,
como a relação entre o preço
das ações e os lucros das empresas, são muito menores nesses países. Ou seja, eles poderiam subir um pouco mais.
Apesar de assumir que a diferença dos preços de ações do
mundo rico e dos países em desenvolvimento tem diminuído,
ele ainda enxerga motivos para
acreditar que há muitas oportunidades de investimento no
mundo emergente.
"Se esses mercados são os
que mais crescem, por que os
preços não deveriam ser maiores?", indaga.
Brasil
No Brasil, diz ele, a Templeton procura por investimentos
em setores que produzem matérias-primas e no setor financeiro. Os motivos, os primeiros
devem continuar sendo beneficiados pela procura alta do
mundo pelos seus produtos. O
setor financeiro, diz, terá desempenho bom à medida que a
economia cresça.
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